Asia

Após plano para Rússia e Ucrânia, Musk oferece proposta para resolver tensões entre China e Taiwan

Por Kanishka Singh e Hyunjoo Jin

WASHINGTON (Reuters) – O bilionário Elon Musk, dias depois de ventilar um possível acordo para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia que atraiu críticas  da Ucrânia, sugeriu que as tensões entre China e Taiwan poderiam ser resolvidas entregando parte do controle de Taiwan a Pequim.

“Minha recomendação… seria encontrar uma zona administrativa especial para Taiwan que fosse razoavelmente palatável, provavelmente não deixaria todos felizes”, disse Musk, a pessoa mais rica do mundo, ao jornal Financial Times em entrevista publicada na sexta-feira. Musk fez as observações quando questionado pelo jornal sobre a China, onde sua empresa de carros elétricos Tesla opera uma grande fábrica em Xangai.

Pequim considera Taiwan, que tem um governo democrático, como uma de suas províncias, e há muito promete trazer Taiwan para seu controle, e não descarta o uso da força para fazê-lo. O governo de Taiwan se opõe fortemente às reivindicações de soberania da China, e diz que apenas os 23 milhões de habitantes da ilha podem decidir seu futuro.

“E é possível, e acho que provavelmente, de fato, eles poderiam ter um acordo mais brando do que Hong Kong”, disse Musk ao jornal.

A fábrica de Xangai foi responsável por cerca de metade das entregas globais da Tesla no ano passado. Musk também disse que a China buscou garantias de que ele não ofereceria o serviço de internet Starlink de sua empresa de foguetes SpaceX no país.

Musk disse que considera que o conflito em relação a Taiwan é inevitável e alertou sobre seu potencial impacto não apenas para a Tesla, mas também para a fabricante do iPhone, Apple Inc. e para a economia como um todo. A entrevista não detalhou essas observações.

No começo da semana, Musk propôs que a Ucrânia cedesse permanentemente a Crimeia à Rússia, e que novos referendos fossem realizados sob os auspícios da ONU para determinar o destino do território controlado pela Rússia, prevendo que a Ucrânia concorde com a neutralidade. Ele pediu aos usuários do Twitter que opinassem sobre seu plano, atraindo fortes críticas do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, que propôs sua própria pesquisa no Twitter: “Qual @elonmusk você gosta mais? Um que apóia a Ucrânia (ou) um que apóia a Rússia”.

(Reportagem de Kanishka Singh em Washington e Hyunjoo Jin em San Francisco) 

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