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Coligação de Lula pede multa a Bolsonaro por fake news

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) – A coligação do ex-presidente e candidato ao Planalto Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aplicação de multa a seu adversário na disputa eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que teria desobedecido proibição da corte de veicular notícias falsas vinculando o petista ao PCC.

A coligação de Lula afirma que as fake news em questão já tinham sido alvo de três representações analisadas pelo TSE, ocasião em que o tribunal teria reconhecido seu caráter de desinformação e firmado pena de multa de 15 mil reais caso esses conteúdos voltassem a ser divulgados e informou à corte que a ordem tem sido descumprida.

“Mesmo após a publicação da já mencionada decisão liminar proferida nestes autos, que determinou a abstenção de Jair Bolsonaro (e outros) de publicar desinformações semelhantes àquela impugnada na Inicial (que liga o PCC à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva), o representado foi ao Twitter realizar quatro publicações que descumprem completamente a decisão desta Corte Eleitoral”, afirma o documento entregue ao TSE.

“A maliciosa tentativa de vincular a coligação representante (por seu candidato e o Partido dos Trabalhadores) a uma das mais vis organizações criminosas não possui outra intenção a não ser instalar o caos da desinformação no presente pleito.”

No sábado, mesmo, Bolsonaro usou seu perfil oficial do Twitter para postar publicação com o conteúdo já vetado pela Justiça Eleitoral, com suposto áudio de chefe da facção criminosa em que afirma sua preferência por Lula.

Na sexta-feira, a coligação do ex-presidente informou ter ingressado com pedido de providências ao TSE para que determine ao Twitter a retirada de publicações de fake news contra a candidatura do petista.

A peça jurídica lista uma série de perfis que estariam propagando fake news, como os dos filhos de Bolsonaro, Carlos e Eduardo; da deputada Carla Zambelli (PL-SP), do ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal eleito Ricardo Salles (PL-SP), e do também deputado federal eleito Delegado Ramagem (PL-RJ), entre outros.

A propagação de fake news a partir de uma rede organizada também é investigada em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF).

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