Agro

França reduz ainda mais previsão de safra de milho após seca

PARIS (Reuters) – O Ministério da Agricultura da França reduziu nesta terça-feira sua previsão para a produção de milho em grãos do país em 2022, excluindo a safra cultivada para sementes, para 11,15 milhões de toneladas, ante 11,33 milhões projetados no mês passado.

A cultura afetada pela seca agora foi vista 26,6% abaixo da safra do ano passado e 18,4% abaixo da média dos últimos cinco anos, disse o ministério em um relatório.

A nova previsão de safra do ministério foi baseada em um rendimento projetado de 8,18 toneladas por hectare (t/ha), abaixo dos 8,44 t/ha estimados no mês passado.

“Esta seria a menor produtividade observada desde 2005, na esteira da seca que afetou todo o país”, disse.

No entanto, a última previsão do ministério, baseada em dados de 1º de outubro, ficou bem acima das 10 milhões de toneladas projetadas na semana passada pelo grupo de produtores de milho AGPM.

A área colhida foi estimada em 1,36 milhão de hectares pelo ministério, ante 1,27 milhão estimado pela AGPM.

No entanto, a área de milho em grão pode mudar à medida que os agricultores decidem cortar mais ou menos a colheita como milho forrageiro, no qual a planta inteira é cortada para uso na fazenda, acrescentou o ministério.

Os agricultores estão agora nos últimos estágios da colheita do milho, com o trabalho de campo muito adiantado após o verão quente e seco que acelerou o desenvolvimento das plantas.

Entre outras culturas colhidas no outono, a produção esperada de beterraba foi reduzida para 32,92 milhões de toneladas, ante 33,33 milhões previstos no mês passado. Isso seria uma queda de 4,2% em relação ao ano passado e 10,9% abaixo da média de cinco anos.

Para o trigo mole, a principal safra de cereais da França, o ministério cortou sua estimativa da colheita de verão para 33,69 milhões de toneladas, ante 34,12 milhões esperados no mês passado.

A estimativa revisada prevê uma queda 4,8% em relação ao ano passado e um recuo de 3,6% ante a média de cinco anos.

(Por Gus Trompiz)

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