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Russos poderão competir no Aberto da Austrália e Djokovic seria bem-vindo, diz diretor

Por Ian Ransom

MELBOURNE, Austrália (Reuters) – Jogadores russos e bielorrussos poderão competir no Aberto da Austrália como neutros, e Novak Djokovic também será bem-vindo se conseguir um visto, disse o diretor do torneio, Craig Tiley, nesta quarta-feira.

Autoridades do tênis baniram jogadores de Rússia e Belarus de competições internacionais por equipes após o início da guerra na Ucrânia no começo deste ano, mas permitiram a participação deles nos eventos normais do circuito.

Os abertos da França e dos Estados Unidos permitiram que eles participassem como neutros, enquanto Wimbledon simplesmente os barrou.

“Neste momento, jogadores russos e bielorrussos seriam elegíveis para jogar no Aberto da Austrália”, disse Tiley a jornalistas.

“A única diferença é que eles não podem representar a Rússia – não podem representar a bandeira da Rússia.”

“Não podem participar de nenhuma atividade, como o hino da Rússia, e têm que jogar como jogadores independentes, sob um nome neutro.”

“Mas eles serão bem-vindos no Aberto da Austrália em janeiro.”

Belarus tem sido usado como um local de preparação para a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Tiley disse que o nove vezes campeão do Aberto da Austrália, Djokovic, também poderá jogar no torneio se ele conseguir reverter uma proibição que foi parte da sua deportação do país em janeiro.

Djokovic foi expulso da Austrália por não ter sido vacinado contra a Covid-19 e está proibido de entrar no país até 2025, mas o governo australiano pode revogar a decisão.

Tiley afirmou que não teve nenhum contato com o governo australiano sobre Djokovic e que os organizadores do Aberto da Austrália não podem fazer lobby a favor do sérvio.

“Neste momento… Novak e o governo federal precisam trabalhar a situação e vamos seguir qualquer instrução depois disso”, disse Tiley.

“Não é um caso em que podemos fazer lobby. É um caso que definitivamente ficará entre os dois e então dependendo do resultado nós o receberíamos no Aberto da Austrália.”

Djokovic, que também perdeu o Aberto dos EUA por causa da recusa de se vacinar contra Covid-19, disse mês passado que estava esperando “notícias positivas” das autoridades australianas.

No entanto, a ex-ministra de Assuntos Internos da Austrália, Karen Andrews, uma parlamentar de oposição, disse nesta semana que é contra a revogação da proibição a Djokovic, dizendo que seria um “tapa na cara” dos australianos que foram vacinados.

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