Política

PGR tem cinco dias para se posicionar sobre investigação de Zambelli e Malafaia

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu prazo nesta sexta-feira, 2, para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o pedido da bancada do PSOL na Câmara para incluir a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o pastor Silas Malafaia como investigados no inquérito das milícias digitais.

Moraes deu cinco dias para a PGR dizer se vê elementos para colocar os bolsonaristas no rol da investigação sobre grupos organizados na internet para espalhar notícias falsas e ataques antidemocráticos.

Os deputados do PSOL citaram o artigo 359 do Código Penal, que dispõe sobre crimes contra a instituições democráticas, e pediram a quebra dos sigilos telefônico e de mensagem da deputada e do pastor para averiguar se eles tiveram participação em protestos recentes contra o resultado da eleição.

O pedido foi feito com base em vídeos gravados pela deputada e pelo pastor. Carla Zambelli incitou generais das Forças Armadas a não reconhecerem o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na gravação, ela questiona se os militares “vão querer prestar continência a um bandido” no dia 1º de janeiro, data da posse do petista.

“Dia 1º de janeiro, senhores generais quatro estrelas, vão querer prestar continência a um bandido ou à nação brasileira? Não é hora de responder com carta se dizendo apartidário. É hora de se posicionar. De que lado da história vocês vão ficar?”, afirma.

A representação também cita o vídeo em que Silas Malafaia cobra uma reação do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra decisões de Moraes.

“Senhor presidente Jair Messias Bolsonaro, o senhor é o presidente em exercício, o senhor tem poder de convocar as Forças Armadas para colocar ordem na bagunça que esse ditador fez”, disse, em referência a Moraes. “Presidente Bolsonaro, como o senhor vai passar para a história? Omisso? Covarde? Ou como alguém que usa o seu poder legal”, completou.

Os deputados do PSOL afirmam que as “intenções de ruptura democrática” são “nítidas” e que as manifestações extrapolam a liberdade de expressão.

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