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Auxílio Emergencial tem bloqueio novo por golpe

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Alison Nunes Calazans/Shutterstock.com

Auxílio Emergencial tem bloqueio novo por golpe Operação da Polícia Federal foi realizada na manhã desta terça-feira (6) em Juiz de Fora; investigadores apreenderam celulares e cartões. Quadrilha agia na cidade e transferia quantia para uma empresa em Santa Catarina.

A Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta terça-feira (6) uma operação contra uma organização criminosa suspeita de fraudar o Auxílio Emergencial em Juiz de Fora. O benefício foi concedido pelo Governo Federal durante a pandemia de Covid-19. O prejuízo pode ter chegado a R$ 2 milhões e número de vítimas ultrapassado 1.000.

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Segundo apuração do g1, o grupo furtava dados das pessoas, abria contas nos nomes das vítimas com as informações pessoais delas e recebia o benefício. O valor era transferido e, depois, com pagamentos de boletos, a quantia era enviada para uma empresa de fachada. Ao menos 350 pessoas foram lesadas, no entanto, a PF estima que a quantia ultrapasse.

Operação

Conforme a PF, foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão no Centro da cidade contra o grupo durante a Operação “Código de Barras”. Na ocasião, os policiais apreenderam celulares e cartões e 5 pessoas foram levadas para a delegacia.

crime de furto qualificado pela fraude tem pena que pode chegar até 8 anos de reclusão mais multa. A reportagem entrou em contato com a Caixa e aguarda retorno.

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Como o grupo agia?

Após as investigações, a Polícia Federal identificou que o grupo recebia os valores na conta deles por meio de boletos bancários.

Veja abaixo passo a passo de como os criminosos agiam, conforme a PF:

  • Os criminosos acessavam contas da Caixa utilizadas para o recebimento do Auxílio Emergencial e atuavam de duas formas: acessando contas de beneficiários reais e cadastrando pessoas indevidamente;
  • Para extrair os recursos dessas contas assistenciais, identificadas pelo número 3880 (conta digital criada para o crédito do auxílio), os criminosos emitiam boletos para crédito em conta (contas destinatárias, titularizadas pelos suspeitos);
  • Na época dos fatos (início do pagamento do auxílio) as contas assistenciais tinham limitações. Os recursos não podiam ser sacados ou transferidos, mas somente utilizados para o pagamento de contas;
  • A forma utilizada para “resolver” esse problema foi abrir contas em nome dos próprios suspeitos e de “fantasmas” em bancos digitais (várias contas) e emitir boletos para crédito nessas contas;
  • Esses boletos funcionam como uma transferência. Ao serem pagos com recursos das contas fraudadas (aquelas contas 3880 utilizada para o recebimento do auxílio) geram créditos nas contas dos envolvidos.

Com o dinheiro em mãos, os investigados abriram uma empresa de investimentos com sede em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, possivelmente usada para a lavagem do dinheiro.

Coleta de provas

Recebimento do Auxílio Brasil por Crédito em Conta na CAIXA

Ainda de acordo com a corporação, as investigações foram iniciadas em 2021 após apurações da Caixa. As informações iniciais são da Base Nacional de Fraudes ao Auxílio Emergencial (BNFAE), mantida pela Coordenação Geral de Repressão Geral a Crimes Fazendários (CGFAZ).

As medidas são parte de uma Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), formada pela Polícia Federal; Ministério Público Federal (MPF); Ministério da Cidadania (MCid); Cauxa Econômica Federal (CEF); Receita Federal; Controladoria-Geral da União (CGU); e o Tribunal de Contas da União (TCU).

Auxílio Emergencial

Lançado em abril de 2020 para ajudar os trabalhadores prejudicados pela pandemia, o Auxílio Emergencial acabou em outubro de 2021, após 17 meses e 16 parcelas.

A saída de quem se viu sem essa renda foi tentar o Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família. Fonte: G1

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