Brasil

Companhias aéreas europeias veem fortes reservas e esperam evitar problemas

Por Sarah Young e Federica Mileo

(Reuters) – A IAG, proprietária da British Airways, e a Air France-KLM relataram reservas abundantes durante o verão no Hemisfério Norte, enquanto os viajantes avançavam com os planos de férias, embora o chefe da IAG tenha alertado que as greves e a falta de pessoal ainda podem atrapalhar os principais aeroportos.

A IAG, que também é dona da Iberia, Vueling e Aer Lingus, disse na sexta-feira que as fortes vendas de passagens para o verão e uma temporada de inverno que superou as expectativas significam que o lucro de 2023 ficará acima de suas previsões anteriores.

A perspectiva positiva combina com outras grandes companhias aéreas europeias. Lufthansa, easyJet e Ryanair apontaram para reservas de verão robustas, mostrando que os consumidores priorizam os gastos com viagens, apesar da alta inflação e de uma perspectiva econômica incerta.

A IAG chamou as perspectivas de “encorajadoras” e disse que a capacidade em seus principais mercados do Atlântico Norte e da América Latina agora está de volta aos níveis pré-pandêmicos, com a demanda de viajantes a lazer impulsionando as reservas.

No entanto, o presidente-executivo, Luis Gallego, disse estar preocupado com a capacidade do aeroporto de Heathrow, em Londres, e com possíveis novas greves de controladores de tráfego aéreo (ATC) na França, onde protestos contra o a reforma da previdência interromperam as viagens desde janeiro.

O grupo disse que agora espera que o lucro anual fique acima da faixa de 1,8 bilhão a 2,3 bilhões de euros registrada em fevereiro, elevando suas ações em 3% às 4h50 e em 1,85% às 10h15 (horário de Brasília). O topo dessa faixa já representou um salto de até 90% em relação ao resultado do ano passado.

A companhia obteve um lucro operacional antes de itens excepcionais de 9 milhões de euros, bem acima da perda de 179 milhões de euros esperada pelos analistas.

A Air France-KLM também disse que está vendo fortes vendas de passagens, depois que a receita do primeiro trimestre aumentou 42% em relação ao ano anterior, para 6,33 bilhões de euros.

As ações caíram 5% no início do pregão, já que seu prejuízo operacional de 306 milhões de euros ficou acima das expectativas do mercado de um prejuízo de 294 milhões de euros.

A companhia aérea também previu a capacidade para 2023 em 95% dos níveis pré-pandêmicos.

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