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Força paramilitar RSF do Sudão participará de negociações em Jeddah com forças armadas

Por Aziz El Yaakoubi e Nafisa Eltahir

RIAD (Reuters) – Enviados do exército do Sudão e das Forças de Apoio Rápido paramilitares (RSF) estão em Jeddah para conversas neste sábado, disse o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, enquanto os mediadores internacionais do encontro pressionam pelo fim do conflito que devastou o país africano.

A iniciativa proposta por EUA e Arábia Saudita é a primeira tentativa séria de acabar com três semanas de combates que transformaram partes da capital sudanesa Cartum em zonas de guerra, e descarrilaram um plano apoiado internacionalmente para inaugurar um governo civil após anos de agitação e revoltas.

Riad e Washington saudaram anteriormente as “conversas de pré-negociação” entre o exército e as RSF e os instaram a se engajar ativamente após numerosos acordos de cessar-fogo violados. Mas ambos os lados deixaram claro que só discutiriam uma trégua humanitária, não negociariam o fim da guerra.

Confirmando a presença de seu grupo, o líder das RSF, Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hemedti, disse esperar que as negociações alcancem o objetivo pretendido de garantir uma passagem segura para os civis.

As forças armadas do Sudão disseram que enviaram uma delegação à cidade do Mar Vermelho na noite de sexta-feira, mas o enviado especial Dafallah Alhaj disse que o exército não se sentaria diretamente com qualquer delegação que o grupo “rebelde” RSF pudesse enviar.

Enquanto isso, Hemedti prometeu capturar ou matar o líder do exército Abdel Fattah al-Burhan, e também há evidências de que ambos os lados continuam relutantes em fazer concessões para acabar com o derramamento de sangue.

(Reportagem de Moaz Abd-Alaziz e Nafisa Eltahir no Cairo e Emma Farge em Genebra e Huseyin Hayatsever em Istambul; texto de Aziz El Yaakoubi e Michael Georgy)

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