Brasil

Traders apostam no fim das altas de juros pelo Fed após dados de inflação de abril

Por Ann Saphir

(Reuters) – A leitura da inflação de abril nesta quarta-feira, mais benigna do que o esperado, interrompeu o impulso modesto que vinha sendo formado para um 11º aumento consecutivo da taxa de juros nos Estados Unidos em junho.

Os futuros atrelados à taxa de juros do Federal Reserve subiram após o relatório do Departamento do Trabalho dos EUA, e agora refletem menos de 10% de chance de que o banco central norte-americano eleve sua taxa básica de juros overnight da faixa atual de 5% a 5,25% na reunião de 13 a 14 de junho, com a maioria das apostas em uma pausa. Os traders haviam precificado uma chance de até 25% de uma alta de juros no próximo mês.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 4,9% no mês passado em relação ao ano anterior, após avançar 5% na base anual em março, ainda muito acima da meta de 2% do banco central norte-americano, mas um pouco menos do que os 5% esperados por economistas.

E, o importante, a inflação nos serviços essenciais excluindo habitação –uma métrica importante para o chair do Fed, Jerome Powell, devido à sua enorme contribuição para a inflação em geral– diminuiu em relação ao mês anterior, de acordo com estimativas de vários economistas.

“Continuamos vendo os dados e as condições financeiras apoiando firmemente uma pausa em junho”, escreveram os economistas do Morgan Stanley.

Powell e outros membros do Fed disseram que estão observando de perto especialmente as condições de crédito, já que uma queda nos empréstimos bancários pode desacelerar a economia mais rapidamente do que apenas os aumentos de juros fariam.

Ainda assim, os dados desta quarta-feira estão longe de ser a palavra final para as autoridades do Fed, que têm mais um mês de dados para analisar antes de tomar sua próxima decisão sobre a taxa de juros.

Enquanto isso, os traders de futuros das taxas de juros aumentaram ainda mais suas apostas de que o Fed começará a cortar os juros em setembro, com a taxa de juros encerrando o ano na faixa de 4,25% a 4,5%.

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