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Guerra no Sudão prende civis em crise humanitária após cessar-fogo

CARTUM (Reuters) – Ataques aéreos, artilharia e tiros abalaram diversas áreas da capital do Sudão nesta segunda-feira, enquanto combates entre facções se intensificaram pelo segundo dia, prendendo civis em uma crise humanitária cada vez pior.

A guerra entre o Exército do país e as Forças de Apoio Rápido (RSF, em inglês) paramilitares, que já dura quase dois meses, forçou a fuga de quase 2 milhões de pessoas e destruiu a economia, além de causar frequentes cortes de energia e água.

As negociações em Jeddah para encerrar permanentemente os combates falharam e os confrontos se intensificaram assim que o cessar-fogo terminou no domingo.

Enquanto as RSF se espalharam pela maior parte da capital, controlando as ruas principais e montando acampamento dentro de algumas casas, o Exército tem a vantagem do armamento aéreo e de artilharia.

Moradores do leste de Cartum relataram ter sido atingidos por ataques aéreos, enquanto no sul de Cartum, assim como no norte de Omdurman, disseram ter sido feridos por combates de artilharia. Testemunhas oculares também relataram confrontos no centro de Cartum.

Mais de 200 mil dos 1,9 milhão de sudaneses que conseguiram fugir de suas casas foram para o Egito, que impôs nesta semana a exigência de visto para crianças, mulheres e idosos que antes estavam isentos.

Aqueles que ficam lutam com cada vez menos recursos, já que o governo parou de pagar salários e pensões.

(Reportagem de Khalid Abdelaziz, em Dubai, e Nafisa Eltahir, no Cairo; reportagem adicional de Abdelnasser Aboelfadl)

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