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Reunião da Otan não chega a acordo sobre primeiros planos de defesa desde a Guerra Fria

Por Andrew Gray e Sabine Siebold

BRUXELAS (Reuters) – Os ministros de Defesa da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não chegaram nesta sexta-feira a um acordo para novos planos sobre como a aliança responderia a um ataque russo, e um diplomata culpou a Turquia.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que os ministros revisaram os planos — os primeiros desde o fim da Guerra Fria e impulsionados pela invasão russa da Ucrânia — em uma reunião de dois dias em Bruxelas e estão se aproximando de um acordo sobre eles.

Mas um diplomata afirmou que a Turquia bloqueou a decisão sobre a redação das localizações geográficas, incluindo no que diz respeito ao Chipre. Ainda há oportunidade de encontrar uma solução antes da cúpula da Otan em meados de julho em Vilnius, acrescentou o diplomata.

Os chamados planos regionais compreendem milhares de páginas de planos militares secretos que detalharão como a aliança responderia a um ataque russo.

A elaboração dos documentos significa uma mudança fundamental. A Otan não via necessidade de planos de defesa em grande escala há décadas, enquanto travava guerras menores no Afeganistão e no Iraque, e sentia que a Rússia pós-soviética não representava mais uma ameaça existencial.

Mas com a guerra mais sangrenta da Europa desde 1945 ocorrendo logo além de suas fronteiras na Ucrânia, a aliança agora está alertando que precisa ter todo o planejamento bem antes que um conflito com um adversário como Moscou possa acontecer.

A Otan também dará orientações às nações sobre como atualizar suas forças e logística.

“Embora os planos regionais não tenham sido formalmente endossados ​​hoje, prevemos que esses planos farão parte de uma série de objetivos para a Cúpula de Vilnius em julho”, disse uma autoridade graduada dos Estados Unidos à Reuters.

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