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“Efeito Netflix” aumenta conteúdo coreano, mas preocupações com controle do mercado crescem

Por Hyunsu Yim

SEUL (Reuters) – Quando o co-CEO da Netflix Ted Sarandos visitar a Coréia do Sul esta semana, ele encontrará uma indústria de entretenimento que alcançou fama global por meio de sucessos como “Round 6”, mas também preocupações crescentes sobre seus efeitos no mercado local.

A Coreia do Sul criou alguns dos maiores programas da Netflix, que se tornaram sinônimo do sucesso internacional mais amplo das exportações culturais do país e estimularam a empresa californiana a investir 2,5 bilhões de dólares em conteúdo local.

Espera-se que Sarandos chegue a Seul na terça-feira, de acordo com fontes do setor, e se encontre com o primeiro-ministro sul-coreano, Han Duck-soo, na quinta-feira, sua primeira visita como co-CEO.

Mas enquanto os programas coreanos são extremamente populares na Netflix, com 60% dos usuários globais assistindo a pelo menos um título no ano passado, os pedidos estão crescendo para que o governo apoie projetos financiados localmente e garanta os direitos do conteúdo.

O governo anunciou na semana passada planos de fornecer 500 bilhões de wons (390,09 milhões de dólares) para ajudar as plataformas locais de streaming a competir com rivais globais como a Netflix, em meio aos crescentes custos de produção.

“A indústria de mídia e conteúdo prosperará quando várias plataformas competirem em vez de serem dominadas por apenas algumas, o que beneficiará criadores e consumidores”, disse Heo Seung, diretor de relações públicas da plataforma de streaming sul-coreana Watcha.

A Coreia do Sul exportou 13 bilhões de dólares em conteúdo em 2022, incluindo videogames, música e transmissão, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica da Coreia, superando as remessas de veículos elétricos e baterias recarregáveis.

O “Efeito Netflix”, termo cunhado para o fenômeno que lança atores e diretores da obscuridade ao estrelato instantâneo quando seus programas aparecem na plataforma, faz parte do sucesso da Coreia do Sul.

Diante desse cenário, o presidente sul-coreano, Yoon Suk Youl, saudou o investimento de 2,5 bilhões de dólares da Netflix como uma “grande oportunidade” tanto para a Coreia do Sul quanto para a gigante do streaming dos EUA.

O peso de mercado da Netflix na Coreia do Sul supera o de plataformas locais como Tving, Wavve e Watcha.

((Tradução Redação São Paulo)) REUTERS AC FDC

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