Internacional

EUA buscam aproximação com Índia em estratégia contra China

O presidente dos EUA, Joe Biden, vai receber nesta quarta-feira, 21, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, cujo país é um baluarte vital contra a China, mas cujo governo tem um histórico duvidoso em direitos humanos.

Autoridades dos EUA insistem publicamente que a visita do primeiro-ministro indiano “não é sobre a China” e nem pretende enviar uma mensagem a Pequim, mas os esforços do governo Biden para aproximar a Índia das questões de defesa, tecnologia e clima fazem parte de um esforço mais amplo para conter a crescente influência militar e econômica da China.

Agora Biden está trazendo Modi ainda mais perto, já que a viagem do primeiro-ministro será marcada por algumas das maiores honras diplomáticas de Washington: ele se tornará apenas o terceiro líder estrangeiro a ser homenageado com um jantar de Estado desde que Biden assumiu o cargo, seguindo os passos do presidente francês Emmanuel Macron e do líder sul-coreano Yoon Suk Yeol. Modi também deve fazer um discurso antes de uma reunião conjunta do Congresso.

“A Índia é o maior país do mundo agora em população, a maior democracia, se ainda se qualificar como uma (…) existem importantes razões estratégicas para trabalhar com a Índia”, disse Matt Kroenig, vice-presidente do Atlantic Council. O comércio entre os EUA e a Índia atingiu um recorde de US$ 191 bilhões em 2022, tornando os EUA o maior parceiro comercial da Índia.

Funcionários do governo Biden divulgaram a visita como uma oportunidade para os EUA aproveitarem o potencial econômico “inexplorado” da Índia. Porém, embates sobre direitos humanos na Índia tornam a aproximação ainda mais questionável. O governo de Modi tem sido amplamente criticado por visar comunidades minoritárias e reprimir a liberdade de imprensa e a dissidência.

A Índia é uma aliada contra a China. As relações entre Nova Délhi e Pequim se deterioraram desde uma briga mortal na contestada fronteira sino-indiana em junho de 2020. A China também despejou bilhões no Paquistão, um de seus aliados mais próximos e um rival comum na Índia. Fonte: Dow Jones Newswires.

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