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Trabalhadores da área hoteleira em Los Angeles fazem greve por salários e moradia

LOS ANGELES (Reuters) – Milhares de funcionários de hotéis em Los Angeles, Califórnia, entraram em greve na manhã deste domingo para pressionar por melhores salários e benefícios, dando início ao que se espera ser uma das maiores greves hoteleiras dos Estados Unidos na história recente.

O Unite Here Local 11, que representa milhares de cozinheiros, atendentes de quarto, lavadores de pratos, garçons, mensageiros e recepcionistas em hotéis em Los Angeles e no condado californiano de Orange, disse em comunicado que os trabalhadores sindicais estão com dificuldade para pagar por moradia nas cidades em que trabalham e que eles sofreram com cortes de empregos durante a pandemia de Covid-19 ao mesmo tempo em que os lucros da indústria dispararam.

Um porta-voz do sindicato disse que os trabalhadores de hotéis em toda a região, incluindo o InterContinental e o Hotel Indigo, abandonaram o trabalho neste domingo, durante um fim de semana movimentado às vésperas do feriado de 4 de julho.

A IHG Hotels and Resorts, que opera o InterContinental e o Hotel Indigo, não respondeu imediatamente a uma solicitação de comentário a respeito.

Contratos expiraram no dia 30 de junho em 62 hotéis do sul da Califórnia, de acordo com o Los Angeles Times. O Westin Bonaventure, o maior hotel de Los Angeles, chegou a um acordo com seus funcionários faltando apenas um dia para o vencimento, disse o sindicato.

O grupo sindical está buscando um fundo para moradia destinado aos trabalhadores e está pedindo melhores salários, benefícios de saúde, pensões e cargas de trabalho mais seguras, disse o comunicado.

Noventa e seis por cento dos trabalhadores de hotéis votaram no último dia 8 de junho para autorizar a greve.

A região de Los Angeles foi palco de outras greves ou ameaças de paralisação nos últimos meses.

No setor de entretenimento, os roteiristas de Hollywood deixaram o emprego no início de maio, conforme o contrato sindical expirou. Atores pertencentes ao sindicato SAG-AFTRA evitaram temporariamente uma paralisação, já que o sindicato e os principais estúdios concordaram na sexta-feira em continuar as negociações até meados de julho.

(Reportagem de Gabriella Borter)

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