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Copa do Mundo feminina: tudo o que você precisa saber para acompanhar o torneio

A partir da madrugada desta quinta-feira (para os brasileiros), 32 seleções se enfrentam em busca do título da 9ª Copa do Mundo feminina. O formato é o maior desde o primeiro Mundial organizado pela Fifa, em 1991, e segue os padrões do torneio masculino, com oito grupos de quatro equipes se enfrentando em turno único, e os dois primeiros classificados avançando para as eliminatórias.

Confira mais informações sobre o torneio

Data, horário, locais e transmissão

O maior torneio de futebol feminino do mundo começa nesta quinta-feira, dia 20 de julho, e vai até o dia 20 de agosto. Esta será a maior Copa da história. Nas duas edições anteriores 24 times disputaram a taça. O campeonato teve sua primeira edição com 12 times em 1991, antes de ser expandida para 16 na edição de 1999 e 24 em 2015.

Pela primeira vez na história, o torneio será disputado em dois países: Austrália e Nova Zelândia, e terá 10 estádios em nove cidades utilizados ao longo da competição. O menor deles é o Hindmarsch Stadium, em Adelaide-AUS, com capacidade para 13.557 espectadores, e o maior é Stadium Australia, em Sydney-AUS, que comporta até 73.584 torcedores. O recorde de público dois dois locais, no entanto, é superior à capacidade máxima: o primeiro já recebeu mais de 18 mil pessoas, e o segundo já passou da casa dos 104 mil presentes.

Por causa do fuso de 13h a 15h em relação ao Brasil, os jogos acontecem em horários diversos das 21h às 9h. O apito inicial será dado para Nova Zelândia x Noruega, às 4h (da quinta-feira), em Auckland, na Nova Zelândia.

A Copa do Mundo terá transmissão de televisão aberta (TV Globo), fechada (SporTV) e por streamings na internet (Cazé TV, no YouTube).

Seleções participantes e favoritas

Os Estados Unidos, com uma boa mistura de atletas veteranas e jovens, são favoritos para vencer o campeonato e serem tricampeões do mundo consecutivo. A Inglaterra, que venceu a Eurocopa no ano passado, também é favorita, embora o time não conte, neste ano, com jogadoras importantes, como a ex-capitã Leah Williamson e Beth Mead por causa de lesões. A França, sob o comando do novo técnico Herve Renard, é outra nesta lista ao lado da equipe número dois do ranking da Fifa, a Alemanha.

Jogos do Brasil na primeira fase

24/7 – Brasil x Panamá, às 8h, em Adelaide

29/7 – França x Brasil, às 7h, em Brisbane

2/8 – Jamaica x Brasil, às 7h, em Melbourne

As campeãs mundiais e as principais marcas

As americanas são as atuais campeãs (2019) e, este ano, tentam ganhar o quinto título, o terceiro consecutivo (1991, 1999 e 2015). A Alemanha conquistou o título duas vezes (2003 e 2007), enquanto o Japão (2011) e a Noruega (1995) venceram uma vez.

A maior artilheira da história das Copas, entre homens e mulheres, é Marta, que no Mundial da França, em 2019, atingiu a marca de 17 gols no torneio. A americana Michelle Akers, com 10 gols no Mundial de 1991, na China, foi quem mais balançou as redes em uma mesma edição. Quatro atletas marcaram no máximo sete gols em uma só edição, sendo duas delas brasileiras: Marta e Sissi.

Retrospecto do Brasil em Copas

O Brasil busca o ouro inédito, e teve a melhor campanha em 2007 com a medalha na China, quando perdeu pela Alemanha. Desde então, a seleção parou, no máximo, nas quartas de final, e o ciclo completo coordenado pela treinadora sueca Pia Sundhage dá esperança para os torcedores de verem a seleção voltar a avançar no mata-mata, depois de cair nas oitavas em 2015 e 2019.

Grandes estrelas

O Mundial marca a despedida de grandes veteranas da modalidade, ao mesmo tempo em que coloca e evidência jovens promessas do futebol feminino. Além de Marta, que já afirmou que esta será sua última participação no torneio, Megan Rapinoe (EUA) já anunciou a despedida do esporte após a temporada, e Christine Sinclair (Canadá), aos 40 anos, também se despede das Copas. A volta de Ada Hegerber à seleção da Noruega também gera expectativa, bem como o retorno de Alexia Putellas (Espanha), que recentemente retornou de lesão que a tirou dos gramados por um ano.

Wendie Renard, capitã da França em 2019, também está de volta à seleção depois de se afastar por desavenças com a comissão técnica. Também vale a pena ficar de olho em Aitana Bonmatí (Espanha), Alessia Russo (Inglaterra) e Alexandra Popp (Alemanha)

Destaques do Brasil

Além de Marta,, a seleção brasileira conta com outras veteranas na equipe. É o caso de Tamires, lateral do Corinthians que participará pela terceira vez do Mundial e é uma das principais referências para o elenco no setor defensivo, apesar de também jogar mais para a frente e ocasionalmente balançar as redes. Quem comanda a zaga brasileira é Rafaelle, em sua segunda Copa do Mundo. Recentemente, a jogadora trocou o Arsenal pelo Orlando Pride, time de Marta e Adriana e estreará depois do Mundial.

No setor ofensivo, Geyse estreia na competição e já chega com boas credenciais, após ter sido campeã da Champions League com o Barcelona no início de junho. Ela divide a função com a artilheira da Era Pia, Debinha, que atua pelo Kansas City Current, nos EUA e irá disputar a Copa pela segunda vez. Mais experiente, Bia Zaneratto chega ao Mundial pela quarta vez como um dos destaques da equipe feminina do Palmeiras.

Veja a convocação da seleção brasileira:

Goleiras: Letícia Izidoro (Corinthians), Bárbara (Flamengo) e Camila (Santos)

Defensoras: Antônia (Levante), Bruninha (Gotham FC), Kathellen (Real Madrid), Lauren (Madrid CFF), Mônica Hickman (Madrid CFF), Rafaelle (Arsenal) e Tamires (Corinthians)

Meio-campistas: Duda Sampaio (Corinthians), Kerolin (North Carolina Courage), Luana (Corinthians), Adriana (Orlando Pride), Ana Vitória (Benfica) e Ary Borges (Racing Louisville)

Atacantes: Andressa Alves (Roma), Geyse (Barcelona), Angelina (OL Reign, convocada após corte de Nycole por lesão), Bia Zaneratto (Palmeiras), Debinha (Kansas City Current), Gabi Nunes (Madri CFF) e Marta (Orlando Pride)

Suplentes: Tainara (Bayern de Munique) e Aline Gomes (Ferroviária)

Premiação

O valor total de todos os prêmios que serão ofertados na Copa do Mundo é de US$ 150 milhões (R$ 720,4 milhões). O valor, segundo a Fifa, é dez vezes maior do que o valor de 2015 e três vezes superior ao de 2019. Cada uma das 736 jogadoras participantes receberá pelo menos US$ 30 mil. Estes valores, no entanto, são significativamente menores do que foi oferecido na Copa do Mundo masculina no ano passado, na qual foram distribuídos US$ 440 milhões em prêmios (R$ 2,113 bilhões).

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmouque “Nossa missão será conseguir igualdade nos pagamentos para as Copas do Mundo masculina de 2026 e feminina de 2027.”

A seguir, veja quanto cada seleção irá receber de acordo com a sua classificação no campeonato:

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