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Trigo, milho e soja fecham em queda na bolsa de Chicago

Por Christopher Walljasper

CHICAGO (Reuters) – O trigo negociado na bolsa de Chicago caiu pela sexta sessão consecutiva nesta quarta-feira, após ganhos acentuados no “overnight”, na esteira de uma amenização dos temores relacionados à oferta gerados pelo ataque russo contra um porto ucraniano.

Segundo operadores, exportações russas fortes e sinais de que Moscou está disposta a retomar um acordo sobre o corredor de grãos do Mar Negro pressionaram os preços.

A soja caiu para mínimas de um mês e o milho recuou, conforme a pressão das previsões climáticas favoráveis à colheita superava as perspectivas de demanda.

O contrato de trigo mais ativo na bolsa de Chicago (CBOT) fechou em baixa de 12,25 centavos para 6,40 dólares o bushel, após atingir 6,36 dólares, a menor cotação desde 13 de julho.

A soja caiu 20 centavos, a 13,2125 dólares o bushel, depois de tocar 13,15 dólares, menor patamar desde 30 de junho.

O milho caiu 6,75 centavos, para 5,0050 dólares o bushel, sétima queda consecutiva.

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O ataque russo no sul da Ucrânia nesta quarta-feira, que atingiu instalações de grãos em Izmail, Danúbio, ressaltou o risco de mais uma pressão sobre as exportações ucranianas, após Moscou abandonar no mês passado um acordo que permitia embarques de grãos a partir de portos ucranianos no Mar Negro.

No entanto, os futuros do trigo perderam a maior parte de seus ganhos iniciais à medida que o mercado ponderava o impacto do ataque nas ofertas globais.

“Se as exportações russas de trigo forem interrompidas, isso mudará o jogo. Mas, no que diz respeito à Ucrânia, o jogo já mudou”, disse Joe Vaclavik, presidente da Standard Grain.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira à contraparte turca, Tayyip Erdogan, que Moscou está pronta para retornar ao acordo de grãos do Mar Negro assim que o Ocidente cumprir suas obrigações em relação às exportações de grãos da Rússia.

A previsão de clima mais frio e úmido no Meio-Oeste dos EUA em agosto continua pressionando os preços do milho e da soja.

(Por Christopher Walljasper; reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)