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Saiba como usar a nova função para o Pix de cartão de crédito

Novo Pix
Miguel Lagoa/Shutterstock.com

Saiba como usar a nova função para o Pix de cartão de crédito O Pix com cartão de crédito é uma modalidade que promete facilitar o pagamento caso a pessoa esteja sem dinheiro na hora. Mesmo que ainda não tenha sido lançado oficialmente, está no radar dos principais bancos do país e já é oferecido por alguns. Nos últimos meses, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, tem falado dos planos de ampliar a funcionalidade da transação instantânea, e essa pode ser uma das possibilidades.

O que é o Pix com cartão de crédito

É como se fosse uma compra no cartão de crédito. Em vez de o dinheiro sair automaticamente da sua conta, o débito do valor aparece na fatura mensal e pode ser parcelado em até 12 vezes. Ou seja, você usa o limite do seu cartão de crédito em pagamentos via Pix, seja para pessoas físicas ou jurídicas (empresas).

Não é um serviço gratuito como a modalidade padrão do Pix. A opção inclui o pagamento de juros e taxas cobradas pela instituição financeira, a depender de cada uma. A porcentagem pode variar e é chamada de taxa de serviço.

Destinatário recebe o pagamento na hora e no valor cheio. A mudança principal é do lado de quem paga e precisa ficar atento com o endividamento, já que o desconto é na fatura do cartão de crédito.

Nem todo banco oferece

Pix com cartão de crédito ainda não é regulamentado. Muitas instituições, principalmente as carteiras digitais, têm ofertado esse tipo de transação que direciona o valor para um cartão de crédito e o risco fica para o emissor, segundo Wellington Silva, gerente de produtos C&M Software.

Banco do Brasil estuda possibilidade, e não há previsão de lançamento. Até o momento, existe a opção BB Parcela Pix que possibilita ao cliente parcelar o valor da transferência por meio de empréstimo pessoal.

Itaú Unibanco disponibiliza em compras realizadas em estabelecimentos parceiros. O parcelamento do Pix com cartão de crédito é apenas online no site de varejistas em até 48 vezes. Ainda não é universal.

PagBank está testando a implementação do Pix com cartão de crédito. O recurso vale para uma base restrita de clientes, e o objetivo é ser oferecido a todos que possuem o cartão de crédito da instituição.

Banco Santander e Caixa Econômica Federal não oferecem a modalidade. O Banco BV desabilitou a função por tempo indeterminado, e o Bradesco não retornou até a publicação desta matéria.

Onde encontrar o Pix com cartão de crédito

No RecargaPlay, não precisa de conta bancária. A taxa é a menor do mercado, de 3,49% sobre o valor total. O parcelamento é em até 12 vezes, e o limite vai de acordo com a conta de cada um.

No Digio, o limite é de até 40% do cartão. A opção é em até 12 vezes entre R$ 20 e R$ 5.000 com taxa de até 9,99% ao mês. Se o cliente não for autorizado a usar, aparecerá como indisponível.

No PicPay, é proibido o pagamento entre contas do mesmo CPF. A taxa de juros cobrada é de até 5,99% ao mês, e é necessário validar o cartão de crédito no aplicativo.

No Nubank, o limite do cartão de crédito vale para pessoas físicas ou jurídicas. A taxa é de 3,99% ao mês, acompanhada de cada parcela da compra e IOF que varia a porcentagem. É possível simular o pagamento antes de efetuar.

E como é possível usar?

Para usar essa modalidade de transferência, você precisa ser o titular da conta. Também deve ter um cartão de crédito desbloqueado e vinculado à conta.

Abra o aplicativo e vá na opção “Pix”. Após digitar o valor desejado e escolher a chave, selecione o cartão de crédito como pagamento e escolha o número de parcelas. Por mais que semelhante, o processo muda de acordo com o app da instituição.

Ideal é que seja usado para emergências. O Pix com cartão de crédito pode ajudar na hora do sufoco, mas se utilizado sem planejamento e com recorrências, aumenta a chance de ficar no vermelho.

Para utilização, cabe ao usuário avaliar bem o valor final a ser pago, suas necessidades e colocar na ponta do lápis os prós e contras.Wellington Silva, gerente de produtos C&M Software. Fonte: Economia Uol

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