Política

Bolsonaro é alvo de operação da Polícia Federal

Bolsanaro
BW Press/Shutterstock.com

Nesta quinta-feira (08), uma operação liderada pelo Ministro Alexandre de Moraes resultou na determinação para que o ex-presidente Jair Bolsonaro entregue seu passaporte em um prazo de 24 horas. Isso ocorre no âmbito de uma investigação sobre uma suposta “organização criminosa” que teria tentado promover um golpe de Estado e subverter o Estado Democrático de Direito para manter Bolsonaro no poder por vantagens políticas.

Além disso, a Operação Tempus Veritatis resultou na prisão de dois ex-assessores especiais de Bolsonaro, Marcelo Câmara e Filipe Martins, juntamente com outros militares. A investigação da Polícia Federal também está direcionada a figuras como Braga Netto, Augusto Heleno, Valdemar Costa Neto e outros aliados de Bolsonaro.

Segundo a PF, as investigações indicam que o grupo investigado se dividiu em diferentes núcleos para disseminar a ideia de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, visando justificar uma intervenção militar, através de uma estratégia de milícia digital.

A operação envolve a execução de 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas, incluindo proibição de contato com outros investigados, restrição de saída do país com entrega de passaportes em 24 horas, e suspensão de funções públicas.

Os estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e o Distrito Federal são alvos da operação.

De acordo com a Polícia Federal, a operação é resultado de delações, incluindo a de Mauro Cid, e investigações anteriores. Além dos ex-assessores de Bolsonaro, foram presos preventivamente dois militares da ativa: o coronel Romão Correa Neto e o major Rafael Martins de Oliveira, com o Exército auxiliando na execução dos mandados.

No total, 16 militares são alvos da operação, incluindo membros das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”. Essas tropas existem desde 1957, conforme informações do próprio Exército.

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