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Polícia prende líderes de esquema internacional de celulares roubados em São Paulo

Foto Polícia Civil

Em uma ação decisiva contra o comércio ilegal de tecnologia, a Polícia Civil de São Paulo realizou a prisão de dois indivíduos acusados de serem os principais exportadores de celulares roubados e furtados na capital. A operação, ocorrida nesta quarta-feira, desmantelou um significativo ponto de comércio ilegal localizado na Rua Guaianases, área central da cidade, próxima à região conhecida como Cracolândia.

Centenas de dispositivos móveis foram apreendidos no local, conhecido entre as autoridades e cidadãos como o “ninho dos celulares” roubados, devido à grande quantidade de aparelhos ilícitos comercializados ali. A investigação revelou que, ao longo de cinco anos, os detidos movimentaram mais de 10 milhões de reais em operações de compra e venda de celulares adquiridos de forma ilícita.

Curiosamente, apesar de serem brasileiros, com origens em Foz do Iguaçu, os acusados têm ascendência árabe e estavam vinculados a uma organização criminosa composta por senegaleses. Este detalhe adiciona uma camada de complexidade ao esquema internacional que eles operavam.

O Secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou a importância da operação afirmando que “alcançamos o topo da cadeia ilícita com criminosos que compravam celulares roubados e exportavam para outros países”, evidenciando o impacto significativo da ação policial na desarticulação dessa rede de comércio ilegal.

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A operação é resultado de um trabalho investigativo iniciado em maio do ano passado, com o objetivo de combater o crescente problema de roubos e furtos de celulares na região central de São Paulo. Através da análise de depósitos bancários e outras evidências, os investigadores conseguiram estabelecer a conexão entre os crimes e os suspeitos.

A Rua Guaianases, onde ocorreu a operação, é notória por ser um labirinto de estabelecimentos que dificulta o trabalho policial. O local ganhou notoriedade após o médico Henrique Lopes Pinho expor a existência de um “ninho de celulares” roubados, atraindo atenção para o problema.

Com mais de 853 celulares apreendidos em operações recentes, a polícia continua seus esforços para erradicar o comércio ilegal de dispositivos móveis na cidade, desafiando as redes criminosas que operam tanto local quanto internacionalmente.