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Mulher que deu à luz no chão de maternidade depois de médica recusar internação tem melhora clínica

A grávida que deu à luz no chão da recepção de uma maternidade em Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na última sexta-feira, continua no hospital junto com o bebê Azafe. Queli Santos Adorno, de 35 anos, mãe de quarta viagem, precisou continuar internada por estar com a pressão alta desde o parto conturbado. Segundo a sua irmã, Queli saiu do tratamento intensivo para o quarto e, caso o quadro continue estabilizado, pode receber alta até sábado.

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— Espero que eles saiam amanhã mesmo. Eles estão passando bem e, se tudo der certo, vão para casa entre os próximos dois dias — afirmou a irmã Carine, que está revezando com a mãe como acompanhante do quarto de Queli.

Na última sexta-feira, mesmo com Queli chegando com antecedência na unidade hospitalar, ela teve a internação negada pela plantonista. Segundo a Prefeitura de Duque de Caxias, a médica foi demitida e vai ser aberta uma sindicância para apurar melhor os fatos.

Queli deu entrada no local às 22h, para ter o caçula. No primeiro atendimento, realizado por outra médica, ela foi alertada de que poderia entrar em trabalho de parto a qualquer momento e, por isso, deveria aguardar no local.

As contrações aumentaram e, depois de seis horas, ela passou por uma terceira análise clínica, desta vez com outra médica. Um documento escrito à mão e com o carimbo de Sheila Peixoto Atthie Maia mostra que a mesma mandou Queli retornar para casa. E registrou, ainda, a recusa de Queli.

Diante da não-internação, o bebê nasceu na recepção da maternidade, às 6h. A mãe e a criança foram amparados pela primeira médica, que voltava do descanso. Mas ela estava sem as luvas e o equipamento necessário.

— Eu falei, eu falei. Doutora negligente, eu falei. Disse tanto e ela não acreditou em mim — disse Queli, entre muito choro, deitada no chão e com o filho recém-nascido sob seus peitos.

No dia do ocorrido, os irmãos foram à delegacia, mas disseram que os policiais se recusaram a registrar o caso. Mesmo assim, a família contratou uma advogada. E vai cobrar justiça.

A Polícia Civil apura a denúncia sobre a recusa do registro na delegacia.

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