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Atualizações e critérios para acesso ao Bolsa Família este ano

Tatiane Silva/Shutterstock.com

O governo federal reitera seu compromisso em auxiliar famílias em situação de vulnerabilidade social através do renovado programa Bolsa Família. Com o objetivo de esclarecer os critérios de elegibilidade e processo de cadastro, autoridades detalham as informações necessárias para garantir que o apoio financeiro chegue às mãos de quem realmente necessita.

Elegibilidade para o Bolsa Família

Para ser elegível ao Bolsa Família, as famílias devem se enquadrar nas categorias de renda classificadas como pobreza ou extrema pobreza, com um limite de renda de até R$218,00 por membro familiar mensalmente. É imperativo que a família esteja inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, que serve como a porta de entrada para uma gama de benefícios sociais.

Ações Contra Fraudes

Com o intuito de assegurar a integridade do programa, o governo tem conduzido uma série de investigações para identificar e excluir beneficiários que não cumprem com os critérios estabelecidos. Esse movimento visa a otimização dos recursos e a garantia de que o suporte financeiro alcance exclusivamente famílias que enfrentam dificuldades financeiras significativas.

Procedimento de Cadastro em 2024

O procedimento de cadastro para o Bolsa Família requer a atuação do Responsável Familiar (RF), que deve dirigir-se a um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) dentro de um prazo de 240 dias para realizar o cadastro ou a atualização dos dados no Cadastro Único. É necessário levar documentos de todos os integrantes da família e passar por uma entrevista que avaliará a situação socioeconômica do núcleo familiar.

Calendário de Pagamentos e Consultas

O calendário de pagamentos do Bolsa Família segue o Número de Identificação Social (NIS) do beneficiário, facilitando a consulta e organização por parte das famílias atendidas. Informações detalhadas sobre datas e procedimentos de saque podem ser acessadas por meio do site oficial do Cadastro Único ou pelo aplicativo específico para dispositivos móveis.

Como se inscrever para receber o Bolsa Família?

Em primeiro lugar, é preciso estar inscrito no Cadastro Único, com os dados corretos e atualizados. Esse cadastramento é feito em postos de atendimento da assistência social dos municípios, como os CRAS. É preciso apresentar o CPF ou o título de eleitor.

Lembrando que, mesmo inscrita no Cadastro Único, a família não entra imediatamente para o Bolsa Família. Todos os meses, o programa identifica, de forma automatizada, as famílias que serão incluídas e que começarão a receber o benefício.

Quem recebe mais de R$ 600 por mês?

Nenhuma família vai receber menos que R$ 600. Esse foi um compromisso do presidente Lula.

Em casos de famílias mais numerosas, com crianças, adolescentes ou gestantes, o valor recebido será maior.

O cálculo é feito assim:

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Para cada integrante da família, de qualquer idade, o programa paga R$ 142. Se a família tem quatro pessoas, por exemplo, esse primeiro benefício soma R$ 568. Para chegar aos R$ 600, o Governo Federal vai pagar um complemento de R$ 32. 

Em seguida, são aplicados os adicionais. Se há uma criança de zero a seis anos, ela tem direito a R$ 150, então o valor do repasse para a família será de R$ 750. Se forem duas crianças nessa faixa etária, a família receberá R$ 900, e assim por diante.

A partir de junho, terão início os adicionais de R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes de 7 a 18 anos. Ou seja, se uma família tem uma criança de até seis anos, uma gestante e um adolescente, o valor total chega a R$ 850.

Se um beneficiário conseguir um emprego, a família perde o Bolsa Família?

Não. Para situações como essa, o governo criou a Regra de Proteção do Programa Bolsa Família.

Quando a família já está no programa e melhora de vida, ela pode aumentar a renda em até meio salário mínimo por pessoa, o que atualmente corresponde a R$ 651, sem perder o direito ao benefício. Ou seja, se uma família tem cinco pessoas e duas delas recebem um salário mínimo cada, a renda total de R$ 2.604 será dividida entre os cinco integrantes, o que dá R$ 520,80 para cada. Nesse exemplo, mesmo tendo dois integrantes que conseguiram emprego formal recebendo um salário mínimo cada, ela ainda continua dentro do perfil para o Bolsa Família graças à Regra de Proteção, e pode permanecer no programa por até 24 meses, contados a partir da atualização cadastral da nova renda familiar, recebendo 50% do valor do benefício a que teria direito.

Importante: Essa quantia de 50% será aplicada a partir de junho de 2023 (até maio, serão mantidos os parâmetros de valores da Regra de Emancipação do Auxílio Brasil). 

Lembrando que, para ter direito a esse benefício, toda alteração de renda deve ser informada ao CRAS.

Com isso, o Governo Federal quer estimular o emprego, a carteira assinada e o empreendedorismo como ferramentas para que, quando possível, a família não precise mais do benefício.

E se o beneficiário perder o emprego? Ele consegue voltar para o Bolsa Família?

O novo programa pensou nisso também! É o chamado retorno garantido. As famílias que se desligarem voluntariamente do programa, ou que estiveram na regra de proteção e saíram do programa após 24 meses e precisarem retornar terão prioridade na concessão.