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Planos de saúde coletivos registram terceiro ano consecutivo de aumentos expressivos

Prathankarnpap/Shutterstock

Os planos de saúde coletivos no Brasil enfrentam mais um ano de reajustes significativos, segundo análises recentes da XP Investimentos, baseadas em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Este ano, o aumento médio atingiu 15%, mantendo a tendência de altas observadas nos últimos anos — 14,38% em 2023 e 11,54% em 2022.

Contexto do Mercado de Planos de Saúde

Com 50,9 milhões de beneficiários ativos, 88,6% estão vinculados a planos coletivos, que abrangem modalidades empresariais e por adesão. Os planos individuais e familiares, por outro lado, possuem seus reajustes limitados por um teto estipulado pela ANS.

Líderes de Mercado e Reajustes

Empresas como SulAmérica, Bradesco Saúde e Amil destacam-se não só pela quantidade significativa de clientes, mas também pelos reajustes acima da média, superando 20% em alguns casos. Esse cenário reflete um mercado ainda em recuperação dos impactos da pandemia da Covid-19, além da inflação de custos e da integração de novas tecnologias.

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Perspectivas Futuras

Especialistas apontam que a tendência de “precificações agressivas” deverá persistir por mais um ano, pressionada pela retomada de procedimentos que foram adiados durante o período pandêmico e pelo contínuo aumento dos custos operacionais.

Planos Odontológicos: Uma Dinâmica Diferente

Enquanto o setor de saúde lida com aumentos consideráveis, os planos odontológicos operam em uma realidade distinta, com reajustes mantendo-se em um único dígito. Operadoras exclusivamente odontológicas, como a Odontoprev, apresentam os menores índices de aumento comparadas às que oferecem serviços combinados de saúde e odontologia.

Os dados da ANS e análises de mercado indicam um período desafiador para os usuários de planos de saúde coletivos, com expectativa de continuidade nos aumentos significativos dos custos. Essa realidade demanda não apenas a adaptação dos consumidores, mas também uma revisão regulatória que possa mediar o equilíbrio entre a viabilidade das operadoras e a proteção dos consumidores.