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Escola do Trabalhador chega ao sistema prisional brasileiro

A Escola do Trabalhador será levada ao sistema prisional brasileiro. O acordo de cooperação que viabiliza a ação foi assinado nesta quarta-feira (10) entre o ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello, e o ministro da Segurança Nacional, Raul Jungmann, e prevê sua colocação em prática imediatamente.

A solenidade de assinatura do acordo, realizada na sede do Ministério do Trabalho, em Brasília, teve, em sua sequência, uma entrevista coletiva dos dois ministros.

Os 25 cursos de qualificação profissional oferecidos pela Escola do Trabalho serão customizados em uma versão offline para atender ao sistema prisional. O projeto começará pelos presídios femininos e se estenderá gradativamente para todo o sistema, nos âmbitos federal e estadual.

O acordo também prevê a articulação dos dois Ministérios para a emissão de carteiras de trabalho para os egressos do sistema prisional. “A capacitação profissional por meio da Escola do Trabalhador, associada à emissão da carteira de trabalho, significa uma importante ferramenta de ressocialização, empregabilidade e cidadania para os presidiários brasileiros, que um dia retornarão ao convívio social. Trata-se de uma ação inédita e de um grande avanço do Ministério do Trabalho”, destacou o ministro Caio Vieira de Mello.

Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o sistema prisional é o principal da segurança pública nacional. “O Brasil tem 726 mil detentos, a  terceira maior população carcerária do mundo, sendo que 85% deles não têm atividade laboral e outros 88% não têm atividade educativa. Por meio de um projeto de qualificação como este poderemos chegar aos presos e reduzir a dependência que eles têm das mais de 70 facções criminosas instaladas nos presídios brasileiros, além de proporcionar ao egresso a inserção no mercado de trabalho e reintegração completa à sociedade”, destacou o ministro.

Escola do Trabalhador – Em 10 meses de funcionamento, a Escola do Trabalhador já recebeu 548.253 matrículas e qualificou 81,5 mil pessoas. A plataforma de ensino à distância, lançada pelo Ministério do Trabalho em 21 de novembro do ano passado, possui 357,8 mil alunos inscritos, matriculados em um ou mais cursos disponíveis.

São 25 cursos divididos em 12 eixos temáticos, focados nas necessidades do mercado de trabalho brasileiro. Os cursos são gratuitos e podem ser acessados de qualquer computador do Brasil no endereço http://escoladotrabalhador.gov.br. Não há pré-requisito para cursá-los nem escolaridade mínima exigida.

Cada curso tem duração de 40 horas, tempo estimado para que o trabalhador possa cumprir todas as tarefas. Ao fim de cada curso, os participantes precisam passar por uma avaliação para receber o certificado de conclusão. O documento é emitido pela Universidade de Brasília (UnB), instituição responsável pela elaboração dos cursos.

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