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Veja como economizar em 2018: Falta menos de um mês para a Black Friday

Veja como economizar em 2018: Falta menos de um mês para a Black Friday. A pouco menos de um mês da Black Friday, que acontecerá em 23 de novembro, um levantamento feito pela Ebit (empresa que mede a reputação das lojas virtuais por meio de pesquisas) projeta um crescimento de 15% no faturamento dos lojistas em relação à edição do ano passado, atingindo R$ 2,4 bilhões. Diante da grande expectativa em torno da data, Bruno Stroebel, supervisor de fiscalização do Procon-SP, diz que este é o momento ideal para o consumidor iniciar sua pesquisa, imprimindo as páginas (nos sites) com as características dos produtos e os valores cobrados hoje para, no futuro, checar se estarão mesmo em oferta:

— Quando falo em pesquisa, não falo só do preço, mas da qualidade dos produtos e da reputação das empresas. É importante, ao encontrar o item desejado, fazer print das páginas para que, se houver fraude, o cliente tenha como brigar pelo seu direito. No dia, há uma pressão enorme dos lojistas para que a compra seja feita por impulso, e quem não pesquisou pode acabar não fazendo o melhor negócio.

Na internet, sites comparadores de preços são importantes nesse período, oferecendo gratuitamente o histórico de custos dos produtos. Por meio de gráficos, apresentam dados dos últimos seis meses, permitindo checar se os descontos são reais.

O Zoom (que tem site e aplicativo comparadores de preços e produtos) fez uma pesquisa com nove mil pessoas sobre a experiência de compra na edição da Black Friday de 2017. Dentre os entrevistados, nove em cada dez afirmaram que voltariam a comprar durante o evento. Mas é importante ficar atento.

Segundo a pesquisa, mais da metade dos problemas que surgem diz respeito à demora na entrega (55% das respostas). Foi o que aconteceu com o estudante Victor Hugo Gonçalves, de 25 anos. Em 2016, ele aproveitou um desconto no Submarino e cancelou a compra do mesmo celular feita um dia antes, visando a pagar o valor promocional. O primeiro aparelho, adquirido na véspera da Black Friday, chegou em três dias e foi devolvido, enquanto a transação feita na sexta-feira só chegou, segundo ele, após cerca de 20 dias. Procurado, o Submarino informou que fez a entrega normalmente após cinco dias. O cliente nega a versão.

Nayla Pires, executiva do Zoom, afirma que é importante levar em consideração possíveis imprevistos:

— O consumidor deve evitar compras no impulso e mal planejadas. É importante ficar atento à data de entrega (do produto), que costuma ser longa. Caso (o consumidor) tente antecipar uma compra de Natal, por exemplo, a dica é que leve em consideração se há uma margem segura para imprevistos.

Compra por marketplace exige atenção redobrada

Há também quem compre por meio do marketplace — modalidade na qual lojas menores utilizam sites de grandes redes para venderem seus produtos por meio de parcerias — e tem problemas durante o processo. O universitário Daniel Valério pagou R$ 1.513 por um notebook Asus modelo X450LD, na Americanas.com, em 2014, e recebeu uma encomenda que não estava lacrada. Para sua surpresa, a embalagem continha apenas um faqueiro. Na época, por meio de nota, a empresa informou que fez a troca do produto. O problema, porém, continuou.

Em 2017, o desenvolvedor de sistemas Matheus Soutto, de 21 anos, decidiu comprar um headphone na Americanas.com, mas ficou sem o produto. Com a entrega prevista para 21 de dezembro, ele foi informado de que haveria atraso a apenas um dia do fim do prazo. Depois, foi notificado de que não havia o produto em estoque. A única saída seria o cancelamento:

— Eu não pedi o cancelamento. Reclamei, esperei, fiz de um tudo. Eles arbitrariamente cancelaram o pedido e me reembolsaram somente em janeiro, depois de duas semanas do fim do meu prazo. Só eu sai prejudicado. Isso é o mais frustrante.

A Americanas.com reconheceu o “equívoco no atendimento” e, por meio de nota, completou: “Este parceiro não trabalha mais conosco e estamos à disposição para auxiliar o cliente, caso haja interesse”.

Enquanto alguns consumidores acabam lesados pelo enorme fluxo de vendas da época, há também o que pode ser chamado de sorte pela desorganização. O publicitário Rennan Falbo, de 25 anos, comprou um frigobar no e-commerce e recebeu o produto duas vezes. Ciente do erro, entrou em contato com a empresa, que ficou de agendar a retirada do eletrodoméstico extra. Já se passaram três anos, e ninguém recolheu a peça.

Pelo segundo ano, os marketplaces estão no radar do Procon-SP. Bruno Stroebel recomenda que o cliente verifique quem, de fato, é o fornecedor:

— As pessoas acabam se assustando ao receber um produto da “loja do Seu José”, quando acham que compraram numa grande rede. Pelo Código de Defesa do Consumidor, a loja-âncora tem responsabilidade, caso aconteça algum problema, mas é melhor se prevenir.

SAIBA MAIS

Pesquise Antes de finalizar uma compra na Black Friday, cheque preços em outras lojas online e utilize comparadores de preços para se certificar de que os descontos são reais. Assim, evita-se pagar a popular “metade do dobro”.

Reputação Ao encontrar preços muito baixos, desconfie. É a regra básica do comércio, e não é diferente na Black Friday. Nesta época, muitos sites falsos são criados reproduzindo de maneira muito semelhante os de grandes redes varejistas, com intuito de realizar vendas fraudulentas. E tenha cuidado ao clicar em links enviados por redes sociais. Também há as lojas reincidentes em problemas, listadas pelo Procon-SP numa espécie de lista negra. Você pode conferir quais são os sites em http://sistemas.procon.sp.gov.br/evitesite/list/evitesites.php.

Documente-se Registre o momento de compra (você pode, por exemplo, fazer print da tela do computador ou do celular do passo a passo da compra) e acompanhe todo o processo de entrega. Em casos de cancelamento por parte da empresa ou se o produto não for recebido, o consumidor precisará ter documentado o máximo de provas para facilitar a reposição do item e até garantir seus direitos, caso tenha que ir à Justiça.

Problemas Caso tenha problema com a compra, procure o Procon pelo telefone 151.

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