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Redução de taxa de juros pode impactar sua vida no Brasil

Redução de taxa de juros pode impactar sua vida no Brasil. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir de 6,5% para 6% ao ano a taxa básica de juros da economia, a Selic, pode deixar o crédito mais barato e incentivar a produção e o consumo. No médio prazo, os efeitos da reduçãodos juros podem ser sentidos pela população com a queda nos preços dos produtos e até mesmo na diminuição do desemprego. Com o corte, a Selic está no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986.

“Os efeitos na economia são positivos em todas as áreas, tanto na redução dos juros, quanto na expansão da produção, no aumento do emprego e na própria redução dos preços de produtos”, explicou o economista José Luiz Pagnussat.

Bancos reduzem juros

Um dia após o corte da Selic, bancos já anunciaram redução das taxas de juros para pessoas físicas e jurídicas em linhas como de empréstimo pessoal, de financiamento imobiliário e para compra de veículo. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica estão entre os que baixaram taxas.

Segundo Pagnussat, essa diminuição das taxas de juros dos bancos, já como reflexo da baixa da Selic, barateiam o crédito para o consumidor e esse crédito mais barato estimula o consumo a prazo. Já o crédito mais barato para os empresários resulta em estímulo para o investimento e, ao mesmo tempo, reduz custos de produção.

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“Quando você reduz custo de produção, também reduz os preços dos produtos. Você tem um efeito final para o consumidor”, disse Pagnussat. Esse impacto, segundo ele, é sentido de forma gradativa e com intensidade diferente de acordo com o setor da economia.

Empregos

O crescimento econômico e a geração de empregos também são impactados pela redução dos juros, segundo o economista. “Quando você diminui a taxa de juros estimula o aumento da demanda por parte do consumidor, do investimento por parte do empresário, e isso significa um crescimento da produção, do Produto Interno Bruto (PIB). Para produzir mais, tem que ter mais gente empregada, então, também reduz a taxa de desemprego”.

Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. Quem toma essa decisão é o Copom, órgão do Banco Central. Desde 2006, o colegiado se reúne oito vezes ao ano.