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USP homenageia personalidades que lutam pelos Direitos Humanos

USP homenageia personalidades que lutam pelos Direitos Humanos

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Em cerimônia realizada no dia 27 de novembro, a 16ª edição do Prêmio USP de Direitos Humanos homenageou a professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) Eva Alterman Blay e a Faculdade Zumbi dos Palmares, representada pelo reitor da instituição, José Vicente.

“Neste ano, a Comissão de Direitos Humanos decidiu por não fazer uma escolha tradicional e homenagear duas pessoas que enfrentam os problemas que angustiam, que afligem toda a sociedade brasileira. A pauta dos direitos humanos é fundamental e sem ela sobram apenas os espaços para a irracionalidade”, salientou o presidente da Comissão, José Gregori, ao Jornal da USP.

A professora Maria Hermínia Tavares de Almeida fez a saudação à homenageada, Eva Blay. A docente Eunice Aparecida de Jesus Prudente foi a responsável pela saudação à Faculdade Zumbi dos Palmares.

“A Universidade de São Paulo é, na América Latina, um dos berços da inovação e dos comportamentos democráticos, onde aprendemos e ensinamos a combater a violência de gênero. Não podemos interromper esse inovador processo de aprendizado e ensino”, afirmou, em discurso, Eva Blay.

Inclusão

A homenageada na categoria institucional foi a Faculdade Zumbi dos Palmares, criada em 2003 pela organização não governamental Afrobras – Sociedade Afro-Brasileira de Desenvolvimento Sociocultural.

“A Faculdade Zumbi dos Palmares não é apenas uma faculdade, mas uma instituição que se preocupa em agregar valor e garantir a inclusão de seus alunos no mercado de trabalho. É uma instituição incrível, que se confunde com o trabalho de seu reitor, José Vicente”, lembrou o reitor da USP, Vahan Agopyan, ao Jornal da USP.

Localizada na cidade de São Paulo, a instituição não tem fins lucrativos e oferece cursos de Administração, Direito, Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Segurança Privada, Logística, Pedagogia, Publicidade e Propaganda, Segurança da Informação e Tecnólogo em Transportes Terrestres, todos noturnos. O espaço reúne cerca de 1,8 mil estudantes, dos quais quase 90% autodeclarados como afrodescendentes.

O reitor da Faculdade, José Vicente, iniciou o discurso com uma saudação ao líder quilombola Zumbi. “Essa é uma forma de lembrar que só estamos aqui porque antes de nós houve muitos Zumbis que construíram as pontes e abriram os caminhos. Foram os negros brasileiros, em seus quilombos, os primeiros a construírem um caminho de um Estado e de uma nação alternativa, estruturada com base em valores que nós defendemos hoje”, disse.

A cerimônia de entrega do prêmio foi realizada na Sala do Conselho Universitário da USP e contou com a presença do titular da cátedra José Bonifácio, Luis Enrique García; do ex-reitor Jacques Marcovitch; da pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária, Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado; do pró-reitor de Graduação, Edmund Chada Baracat; além de dirigentes, pesquisadores e estudantes.

Premiação

O Prêmio USP de Direitos Humanos foi criado pela Comissão de Direitos Humanos da universidade em 2000, com o objetivo de identificar e homenagear pessoas e instituições que, por suas atividades exemplares, tenham contribuído significativamente para a difusão, disseminação e divulgação dos direitos humanos no Brasil.

Em 2018, o prêmio foi concedido ao antropólogo e professor da FFLCH Kabengele Munanga, que desenvolveu pesquisas nas áreas de Antropologia da África e da População Afro-Brasileira. O médico oncologista e escritor Drauzio Varella recebeu a homenagem em 2016, e o cientista político Paulo Sergio Pinheiro, em 2014.

A Comissão de Direitos Humanos da USP é presidida pelo ex-ministro da Justiça José Gregori, formada pelos professores Maria Hermínia Tavares de Almeida e Pedro Bohomoletz de Abreu Dallari (Instituto de Relações Internacionais), Ricardo Alexino Ferreira e Vitor Souza Lima Blotta (Escola de Comunicações e Artes), Eunice Aparecida de Jesus Prudente (Faculdade de Direito), Taís Gasparian (Instituto de Estudos Avançados), Paulo Santos de Almeida (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), Gustavo Gonçalves Ungaro (Ouvidoria Geral do Estado de São Paulo), Júlio César Botelho (Ministério Público de São Paulo), Egídio Lima Dorea (representante dos funcionários) e Juliana Barbosa de Souza Godoy (representante dos alunos).

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