Manifestantes de Hong Kong buscam apoio internacional em luta por direitos
Por Felix Tam
HONG KONG (Reuters) – Manifestantes de Hong Kong se reuniram diante de missões diplomáticas, nesta quinta-feira, para exortar governos estrangeiros a seguirem o exemplo dos Estados Unidos e sancionar projetos de lei de direitos humanos para aumentar a pressão sobre a China e apoiar a campanha pró-democracia na cidade.
No mês passado, o presidente norte-americano, Donald Trump, sancionou uma legislação que exige que o Departamento de Estado dos EUA certifique ao menos uma vez por ano que Hong Kong preserva autonomia suficiente da China para justificar termos comerciais favoráveis com os EUA.
Cerca de 1 mil pessoas, a maioria vestida de preto e usando máscaras, percorreram a rota que as levou aos consulados da Austrália, Reino Unido, União Europeia, EUA, Japão e Canadá para entregar uma petição.
Diplomatas britânicos, norte-americanos e da UE saíram para recebê-la e tiraram fotos com os manifestantes.
“O que acontece em Hong Kong não é só uma questão local, trata-se de direitos humanos e democracia. Os governos estrangeiros deveriam entender como esta cidade está sendo sufocada”, disse Suki Chan, que participou do protesto.
“Precisamos continuar a buscar a atenção internacional e fazê-los saber que este movimento não está perdendo ímpeto”.
Hong Kong vem sendo abalada por manifestações antigoverno há mais de seis meses em meio a uma revolta crescente contra o que muitos veem como uma intrusão chinesa nas liberdades prometidas quando a ex-colônia britânica voltou ao controle chinês em 1997.
A China nega tal interferência, culpando “forças estrangeiras “pelos tumultos e dizendo que as tentativas de interferir na cidade estão fadadas ao fracasso.