#OscarTãoBranco (e masculino) parece a caminho de uma sequência em 2020
Por Jill Serjeant
(Reuters) – Para alguns, trata-se do Oscar da “fúria do homem branco”. Outros o apelidaram de ano dos “Homens Grandes e Mulheres Pequenas”.
Apesar de quatro anos de esforços para combater o furor causado pelo #OscarTãoBranco, o palco dos vencedores da premiação do próximo domingo deve ser inteiramente ocupado por atores brancos e nenhuma diretora.
Dos nove indicados a melhor filme no Oscar deste ano, só um –“Adoráveis Mulheres”– é uma história sobre e feita por mulheres, e só uma das 20 pessoas indicadas pela atuação é negra –Cynthia Erivo, de “Harriet”. Nenhuma delas deve levar para casa as maiores honrarias da indústria do cinema.
“Às vezes o sistema inteiro de Hollywood parece um pouco o clube do Bolinha”, disse Taika Waititi, diretor da sátira nazista “Jojo Rabbit”, indicada ao Oscar.
Já faz 10 anos que Kathryn Bigelow se tornou a primeira, e até agora única, mulher a receber um Oscar de direção por “Guerra ao Terror”. Neste ano, “Adoráveis Mulheres”, de Greta Gerwig, foi a maior omissão na disputa desta categoria.
Apesar de um 2019 notável em que as mulheres representaram 21% de todos os diretores, roteiristas, produtores e cinegrafistas dos 250 filmes de maior bilheteria, incluindo “Capitã Marvel” e “Frozen II”, estes avanços praticamente não se traduziram em troféus na temporada de premiações.