Soja recua em Chicago com foco na China
Por Mark Weinraub
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros de soja negociados nos EUA caíram pela terceira vez em quatro sessões nesta quinta-feira, enquanto a demanda da China permaneceu calma, provocando novas preocupações de que as compras do maior comprador de oleaginosas do mundo caiam devido à disseminação do coronavírus.
Os futuros de milho também enfraqueceram, pressionados por uma previsão baixista para a safra dos EUA em 2020, e os futuros de trigo caíram com as vendas técnicas, disseram traders.
Agricultores nos Estados Unidos devem plantar 94 milhões de acres com milho em 2020, acima dos 89,7 milhões do ano passado, enquanto o plantio de soja deve somar 85 milhões de acres, também acima dos 76,1 milhões em 2019, projetou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nesta quinta-feira.
A soja também enfrentou pressão das expectativas de uma colheita recorde no Brasil, o que aumentará a concorrência no mercado de exportação.
“É provável que a safra aumente na América do Sul”, disse Mark Schultz, analista-chefe da Northstar Commodity Investment Co., com sede em Minnesota.
Os contratos futuros de soja para março em Chicago caíram 4,50 centavos, fechando em 8,9275 dólares por bushel.
O milho caiu 2 centavos, fechando a 3,785 dólares por bushel.
O trigo perdeu 5,25 centavos, a fechando a 5,60 dólares por bushel.
(Por Mark Weinraub em Chicago; reportagem adicional de Nigel Hunt em Londres e Naveen Thukral em Cingapura)
