Asia

Novak diz que Rússia avalia proposta anterior da Opep, para cortes menores

Por Olesya Astakhova

MOSCOU (Reuters) – A Rússia está avaliando uma proposta anterior feita pela Opep e seus aliados para cortes menores de produção de petróleo, disse o ministro de Energia do país, Alexander Novak, acrescentando que os russos não receberam uma proposta prevendo cortes maiores.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, um grupo conhecido como Opep+, se encontrarão em Viena em 5 e 6 de março para discutir medidas adicionais de apoio aos mercados de petróleo, impactados por temores relacionados ao coronavírus.

Como resposta inicial para conter o impacto do vírus, um comitê técnico da Opep+ recomendou que o grupo ampliasse seus cortes de oferta em 600 mil bpd frente aos cortes de 1,7 milhão de bpd que já têm sido aplicados em um pacto que vai até o final de março.

“Nós estamos olhando a recomendação feita pelo comitê técnico”, disse Novak a jornalistas, acrescentando que a Rússia não recebeu uma proposta para ampliação dos cortes em 1 milhão de bpd. O comitê irá se encontrar novamente em 3 de março.

Após os preços do petróleo Brent terem caído para abaixo de 50 dólares por barril na semana passada, o menor nível desde julho de 2017, a Arábia Saudita e alguns outros membros da Opep propuseram aprofundar os cortes em 1 milhão de bpd para responder às preocupações sobre a demanda após o coronavírus, segundo fontes.

A Rússia, que historicamente tem resistido às propostas iniciais para depois aderir aos pactos no último momento, ainda não disse se irá apoiar os cortes adicionais.

Nesta segunda-feira, os preços do petróleo recuperavam-se, e o Brent chegou a superar 51 dólares por esperanças de um novo acordo.

No domingo, o presidente russo Vladimir Putin se reuniu com empresas de petróleo para trocar visões sobre o impacto do coronavírus nos preços globais, mas não tomou decisões específicas, segundo informações do governo russo nesta segunda-feira.

Mas Putin indicou no domingo que é a favor de uma ação conjunta, embora tenha destacado que o atual nível de preços é aceitável para Moscou, em um sinal de que a contribuição russa pode ser limitada.

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