Açúcar bruto volta a recuar em meio à queda de preços do petróleo
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os preços do açúcar bruto na ICE recuaram nesta quarta-feira, novamente pressionados pelo recuo do petróleo em meio à guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia, que gera temores de que o Brasil vá elevar a produção do adoçante, reduzindo a de etanol.
Enquanto isso, os contratos futuros do café arábica reverteram ganhos do início da sessão e também terminaram o dia em baixa.
AÇÚCAR
* O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de 0,33 centavo de dólar, ou 2,7%, a 12,26 centavos de dólar por libra-peso, recuando rumo à mínima de quatro meses e meio registrada na segunda-feira (12,18 centavos).
* A queda dos preços do petróleo pode levar ao aumento do uso da cana no Brasil para a fabricação de açúcar, em detrimento do etanol.
* “Em comparação com 2019/20, o Brasil pode aumentar sua produção de açúcar em de 4 milhões a 5 milhões de toneladas, o que poderia empurrar o mundo para uma situação praticamente equilibrada no próximo ano comercial”, disse a consultoria Agritel em relatório.
* O açúcar branco para maio recuou 2,60 dólares, ou 0,7%, para 359,20 dólares por tonelada.
CAFÉ
* O contrato maio do café arábica reverteu ganhos iniciais e fechou em queda, perdendo 2,30 centavos de dólar, ou 1,8%, a 1,1205 dólar por libra-peso.
* Os estoques de arábica certificados pela bolsa continuam a cair, enquanto a demanda parece se manter firme, disseram operadores.
* O café robusta para maio recuou 8 dólares, ou 0,5%, para 1.271 dólares por tonelada.
* O Vietnã, maior produtor de robusta do mundo, exportou 319.207 toneladas de café nos dois primeiros meses do ano, alta de 1% na comparação com igual período do ano passado, disseram as alfândegas do país.
(Reportagem de Maytaal Angel e Marcelo Texeira)
