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Witzel decreta emergência e reduz a 1/3 atendimento de restaurantes e bares no RJ

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Após negociação com estabelecimentos comerciais e shoppings, o governador do Rio, Wilson Witzel, baixará um decreto nesta segunda-feira (16) em que declara situação de emergência no Estado.
Em fase de redação final, o decreto recomenda o fechamento de lojas em shoppings, à exceção de praças de alimentação, e a suspensão de funcionamento de academias e clubes.
Pelo acordo, restaurantes e bares deverão atender apenas a um terço da capacidade de frequentadores, priorizando a retirada de alimentos diretamente pelos consumidores ou a encomenda via sistema de delivery.
As praças de alimentação de shoppings funcionarão em regime de um turno.
“Só estará aberta a praça de alimentação, as lojas estarão fechadas. Bares e restaurantes fizeram acordo para atenderem um terço da população”, afirmou.
O governador disse que o Estado colocará alto-falantes nas viaturas, apelando para que os fluminenses “voltem para casa, brinquem em casa, não saiam de casa”.
“Essas medidas foram adotadas em vários países, se não adotarmos aqui vai atingir as pessoas mais velhas e deficientes”.
Reunido com o secretariado nesta manhã, o governador discutiu também a melhor estratégia para impedir o trânsito de ônibus de passageiros entre os municípios do Rio, evitando a proliferação da doença hoje concentrada na capital. O governador definirá também medidas para redução de concentração de passageiros no metro.
Recomendando que a população não desafie a doença, sob pena de chorar nos leitos de morte, Witzel afirmou ainda que os governadores reivindicarão suporte financeiro ao governo Bolsonaro. Segundo Witzel, em reunião virtual, governadores decidiram pleitear a liberação de pelo menos R$ 50 bilhões, distribuídos segundo a população, como socorro aos estados.
O governador afirmou que não há como suportar a crise de arrecadação enfrentada pelos Estados sem que a União venha a recorrer.
“A dona do cofre é a União”, disse Witzel, acrescentando que “o problema não é apenas do Rio, é também do governo federal”.
Witzel disse ainda que governadores vão reivindicar maior volume de recursos para saúde, além dos R$ 5 bilhões já liberados pelo governo Bolsonaro.
Para o Rio, a cota é de R$ 36 milhões. “Estamos estimando o custo de R$ 1 bilhão. R$ 36 milhões nem dá para começar”.
O governador anunciou decisão de disponibilizar, “do pouco que temos”, R$ 320 milhões para empréstimos a pequenas empresas e microempresas. O prazo de carência será de 12 meses.
Witzel disse ainda que os governadores dos maiores estados brasileiros, como São Paulo e Minas, estudam acionar o STF (Supremo Tribunal Federal) em caso de descumprimento das determinações de combate ao coronavírus.

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