Economia

Petrobras adia entregas de propostas por refinarias em meio a coronavírus

SÃO PAULO (Reuters) – A Petrobras informou nesta sexta-feira a postergação do recebimento de ofertas vinculantes nos desinvestimentos em refino e seus respectivos ativos logísticos, em função das medidas de prevenção ao coronavírus, o que tem potencial de atrasar o processo de venda de alguns dos principais negócios da estatal.

Segundo a empresa, o adiamento nas entregas das propostas por oito refinarias busca assegurar a efetiva realização da due diligence por parte dos potenciais compradores, em momento em que medidas para contenção do coronavírus recomendam o distanciamento social.

A estatal não informou em comunicado a nova data para a entrega das propostas, em um processo que tem atraído grandes companhias, muitas delas estrangeiras.

A empresa disse apenas que “reforça o seu engajamento no projeto de venda dos ativos de refino e seus respectivos ativos logísticos, conforme estipulado em seu Plano Estratégico 2020-2024”.

O movimento confirma expectativas de que o processo de venda das refinarias poderia ser atrasado. Uma fonte da empresa disse à Reuters, na última terça-feira, que a companhia realizaria ajustes de curto prazo em seu plano de negócios, em meio à derrocada dos preços de petróleo.

O plano de negócios da Petrobras prevê desinvestimentos entre 20 bilhões a 30 bilhões de dólares para o período 2020-2024, tendo a maior concentração nos anos de 2020 e 2021, com a eventual vendas das oito refinarias.

Os processos postergados abrangem as refinarias Abreu e Lima (Rnest) em Pernambuco; Landulpho Alves (Rlam) na Bahia; Presidente Getúlio Vargas (Repar); Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) no Paraná; Alberto Pasqualini (Refap) no Rio Grande do Sul; Refinaria Gabriel Passos (Regap) em Minas Gerais; Refinaria Isaac Sabbá (Reman) no Amazonas; e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor) no Ceará.

(Por Roberto Samora)

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