Agro

Açúcar bruto se recupera de mínima de 12 anos e meio; café também avança

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE avançaram nesta terça-feira, com ajustes de posições antes do vencimento do contrato maio nesta semana, depois de tocarem uma mínima de 12 anos e meio devido às perspectivas de produção recorde no Brasil e de queda de demanda em locais como a Índia.

AÇÚCAR

* O contrato maio do açúcar bruto fechou em alta de 0,13 centavo de dólar, ou 1,4%, a 9,34 centavos de dólar por libra-peso, após atingir o menor nível desde setembro de 2007 (9,05 centavos).

* Participantes do mercado disseram que houve ajustes de posições antes do vencimento do contrato maio, que expira na quinta-feira.

* “Parece ser ação dos fundos vendidos, que esperavam ainda mais pressão de último minuto antes do vencimento, algo semelhante ao que aconteceu com o petróleo, e forçaram para cobrir”, disse Judy Ganes, assessora de estratégias de hedge.

* “Alguns vendidos podem estar rolando para julho”, acrescentou outro operador.

* As projeções para entregas do contrato maio variam de 750 mil toneladas a 1 milhão de toneladas.

* No entanto, o panorama continua fraco, com expectativas de que o Brasil produza uma quantidade recorde de açúcar na atual temporada.

* “A perspectiva do mix de produção do Brasil avançando para o máximo de açúcar está se tornando cada vez mais vívida para o mercado, à medida que os preços do petróleo para o final deste ano caem”, disse em nota Tobin Gorey, analista do Commonwealth Bank of Australia.

* O açúcar branco para agosto avançou 4,20 dólares, ou 1,4%, para 311,70 dólares por tonelada.

CAFÉ

* O contrato julho do café arábica fechou em alta de 1,4 centavo de dólar, ou 1,3%, a 1,076 dólar por libra-peso, afastando-se de uma mínima de um mês (1,0590 dólar) registrada tanto na segunda quanto na terça-feira.

* O real se valorizou mais de 3% frente ao dólar nesta terça-feira, após vários dias de perdas, reduzindo o ímpeto de players no Brasil, maior produtor global de café, por vendas futuras.

* O café robusta para julho avançou 30 dólares, ou 2,6%, para 1.180 dólares por tonelada.

(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)

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