Agro

Soja recua em Chicago por temores de demanda com tensões entre EUA e China

Por Christopher Walljasper

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja e do milho negociados em Chicago recuaram nesta segunda-feira, à medida que as crescentes tensões entre Estados Unidos e China geraram temores sobre novos riscos de demanda, enquanto interrupções aos mercados de biocombustíveis e rações devido aos “lockdowns” pelo coronavírus continuam a fornecer pressão negativa.

O clima favorável às safras também pesou nos preços, com o plantio avançando no Meio-Oeste dos EUA e previsões indicando as chuvas na Europa devem chegar à região sul da Rússia, importante área de exportações, nesta semana –ainda assim, os futuros do trigo conseguiram ignorar os fundamentos baixistas e fechar em alta, impulsionados por uma onda de compras técnicas no final da sessão, disseram operadores.

O contrato mais ativo da soja fechou em queda de 13 centavos de dólar, a 8,3650 dólares por bushel.

O milho terminou o dia com baixa de 3 centavos, a 3,1550 dólares/bushel, depois de ser negociado próximo à mínima de dez anos e meio (3,09 dólares) registrada na semana passada. O trigo avançou 3 centavos, para 5,1950 dólares/bushel.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quinta-feira que a fase 1 do acordo comercial com a China agora é algo de importância secundária em relação à pandemia de coronavírus, mas ameaçou impor novas tarifas retaliatórias ao país asiático por causa da doença. A agricultura é uma parte-chave do acordo assinado em janeiro.

“Nós realmente precisamos ver um programa aprimorado de exportações para a soja, e sem a China isso vai ser bem difícil”, disse Joe Vaclavik, presidente da Standard Grain. “Vimos algumas compras da China nas últimas semanas. Se as coisas azedarem, a situação não vai ser boa.”

(Reportagem de Christopher Walljasper, com reportagem adicional de PJ Huffstutter em Chicago, Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)

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