Economy

Café arábica tem mínima de 7 meses na ICE com perspectiva de aumento de oferta

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE recuaram para uma mínima de sete meses nesta sexta-feira, pressionados pelo enfraquecimento da demanda e pelas perspectivas de aumento das ofertas.

Os futuros do açúcar bruto, por sua vez, terminaram o dia em alta, recuperando-se de perdas do início da sessão.

CAFÉ

* O contrato julho do café arábica fechou em queda de 2,8 centavos de dólar, ou 2,8%, a 96,30 centavos de dólar por libra-peso, uma mínima de sete meses.

* “Temores relacionados a possíveis interrupções às colheitas no Brasil, Colômbia e Indonésia estavam dando suporte ao mercado, mas até aqui nós não verificamos grandes problemas”, disse Fernando Maximiliano, analista de café da INTL FCStone.

* “Após ter um rali de 25% em março por temores de que ofertas da América do Sul fossem interrompidas, o preço voltou a colapsar desde então”, disse em nota o chefe de estratégias em commodities do Saxo Bank, Ole Hansen.

* Maximiliano afirmou que, considerando as boas safras e a queda na demanda devido aos “lockdowns” pelo coronavírus, o superávit global de café pode ser maior que o esperado.

* O café robusta para julho recuou 8 dólares, ou 0,7%, para 1.169 dólares por tonelada, com a demanda por robusta sendo vista como mais resiliente em relação ao arábica, dado que possui maior proporção de consumo doméstico.

* As exportações de café do Vietnã provavelmente avançaram 4,7% nos cinco primeiros meses deste ano em comparação com igual período do ano anterior, atingindo 813 mil toneladas.

AÇÚCAR

* O contrato julho do açúcar bruto fechou em alta de 0,11 centavo de dólar, ou 1%, a 10,91 centavos de dólar por libra-peso, recuperando-se na parte final da sessão.

* Operadores afirmaram que há uma boa demanda no mercado em um período em que ofertas de alguns países exportadores, como a Tailândia, parecem limitadas.

* O açúcar branco para agosto avançou 0,70 dólar, ou 0,2%, para 362,20 dólares por tonelada.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)

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