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Moscou encerra isolamento, mas casos de coronavírus da Rússia passam de 485 mil

Por Gabrielle Tétrault-Farber

MOSCOU (Reuters) – Os moradores de Moscou começaram a retomar suas rotinas normais nesta terça-feira, já que o isolamento decretado para deter a proliferação do novo coronavírus foi suspenso depois de mais de dois meses, embora a capital russa ainda esteja registrando mais de 1 mil casos diariamente.

Agora, os quase 13 milhões de moscovitas estão livres para sair quando quiserem, usar o transporte público e viajar pela cidade em seus próprios veículos sem quaisquer restrições ou passes digitais.

“Estamos livres agora, você pode circular contanto que use máscara”, disse o pensionista Pavel enquanto se exercitava de manhã. sem máscara. “Precisaremos ser cuidadosos, seremos cuidadosos”.

O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, anunciou o relaxamento na segunda-feira, dizendo que a pandemia está recuando na cidade, que começará a retirar as restrições nesta terça-feira. Demais medidas devem ser descartadas mais perto do final do mês.

Os críticos de Sobyanin o acusam de apressar o fim do isolamento para permitir um desfile militar na Praça Vermelha no final deste mês e uma votação nacional em 1º de junho que pode ampliar o poder do presidente Vladimir Putin para além de 2036.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que não acha que a decisão de revogar o isolamento de Moscou foi precipitada porque algumas restrições continuarão em vigor até o fim de junho.

Sobyanin citou uma queda contínua no número de casos de coronavírus nas últimas semanas, uma suavização da pressão sobre o sistema de saúde e o comportamento responsável dos moscovitas como razões para a suspensão do isolamento.

A maioria dos usuários do transporte intermunicipal usava máscaras nesta terça-feira no metrô da capital, que ainda estava menos movimentado do que antes do surto.

Ainda nesta terça-feira, autoridades disseram que registraram 8.595 casos novos em toda a nação nas últimas 24 horas, elevando o total da Rússia a 48.253, o terceiro maior do mundo, atrás de Estados Unidos e Brasil.

A nação já computou 6.142 mortes do vírus, e a própria Moscou registrou 1.572 casos novos nesta terça-feira.

(Por Gleb Stolyarov, Shamil Zhumatov e Gennady Novik)

((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

REUTERS PF

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