Cotidiano

Guardas usam bala de borracha para dispersar aglomeração na Grande SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Guardas civis municipais atiraram com balas de borracha para dispersar uma aglomeração de pessoas, no início da madrugada de domingo (26), em Guarulhos (Grande SP). Os agentes também usaram bombas e spray de pimenta. Ninguém se feriu.
Imagens feitas com celular mostram GCMs, com espingardas em punho, atirando em direção a pessoas que estão a vários metros de distância dos guardas. Um morador alerta os agentes sobre a presença de crianças na rua, mas mesmo assim os tiros continuam, conforme os GCMs avançam.
Enquanto ao menos quatro guardas avançam dando tiros de borracha, um homem e uma mulher se aproximam de outros dois GCMs, que borrifam spray de pimenta contra o casal e também acertam, indiretamente, um homem próximo deles.
A reportagem apurou que, instantes antes da chegada dos GCMs, ocorria um fluxo de funk entre as ruas Pérola e Clovis, no bairro Marabá. Os guardas foram chamados por meio de uma denúncia para verificar a aglomeração de pessoas -que é proibida em decorrência da pandemia da Covid-19.
OUTRO LADO
Segundo a GCM de Guarulhos, ao chegar ao cruzamento do bairro Marabá, os agentes constataram a aglomeração de pessoas, além da presença de veículos bloqueando a rua com som alto, “perturbando o sossego público”. “Os agentes tentaram dialogar e, ao iniciarem procedimentos para encerrar o evento ilegal e desinterditar a via, os participantes começaram a jogar pedras, garrafas e pedaços de madeira contra a equipe”, diz trecho de nota.
Em decorrência disso, os guardas, segundo a GCM, usaram bombas de efeito moral e atiraram com balas de borracha com o intuito de dispersar as pessoas. “Importante destacar que nesse tipo de intervenção são utilizados apenas equipamentos não letais e com muita a cautela”, salientou a GCM.
Sobre o uso do spray de pimenta contra o casal, a GCM alega que o homem e a mulher “estavam muito exaltados e na iminência de partir para confronto físico.”
Sobre eventuais excessos cometidos pelos agentes, a GCM afirma que toda a ação foi documentada e que a Corregedoria da instituição vai apurar a conduta dos guardas.

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