SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo do estado de São Paulo, em ação coordenada pelo Instituto Butantã, realizou uma ação de testagem do novo coronavírus na comunidade quilombola Peropava, na cidade de Registro, região sul de São Paulo. A iniciativa faz parte do programa de testagem em comunidades vulneráveis do estado.
O programa realizou testagem em comunidades indígenas na região e no litoral, e tem como meta chegar a 233 mil testes também em idosos, moradores de abrigos, comunidades carentes
Além dessa iniciativa e do aumento dos testes na população em geral, o governo do estado também pretende ampliar o programa de rastreamento de pacientes que tiveram teste positivo para o novo vírus.
Há uma semana, a média móvel de casos confirmados do estado de São Paulo era de 6,6 mil e hoje é de 10,7 mil, segundo João Gabbardo, coordenador executivo do centro de contingência da Covid-19 em São Paulo.
Ele justificou o aumento da média móvel de casos confirmados no estado pelo aumento da quantidade de testes.
“Houve um acréscimo de 500% na testagem de abril para julho em São Paulo e o estado é o que mais faz testes no país. É esperado que esse aumento ocorra”, afirmou.
“A confirmação desses casos nos leva a identificar casos leves e pessoas que não vão ao hospital e podemos fazer seu isolamento. Assim, evitamos que eles continuem transmitindo o vírus”, completou.
Gabbardo criticou prefeitos que escolhem não aumentar a capacidade de testagem com receio de piorar os indicadores da doença.
“O prefeito que fizer isso será surpreendido nas próximas semanas não com aumento do número de casos, mas com aumento da taxa de óbitos e de internações”, disse.
O governo deve ampliar o programa de rastreamento de contatos das pessoas infectadas para cem municípios do estado, segundo Marco Vinholi, secretário de desenvolvimento regional de São Paulo.
