China inicia medidas de repressão contra vacinas ilegais de peste suína africana
(Reuters) – A China deu início a medidas firmes de repressão à produção e uso de vacinas ilegais para peste suína africana, disse nesta terça-feira o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país, após a obtenção de evidências do uso generalizado dos produtos.
O país asiático está tentando reconstruir sua criação de porcos depois de a doença ter matado milhões de animais em 2018 e 2019.
Não há cura ou vacina regulamentada para a peste em qualquer lugar do mundo, mas a China está perto de aprovar a primeira vacina contra a doença, tendo afirmado na semana passada que expandiu os testes clínicos de uma candidata promissora.
Ainda assim, vacinas produzidas ilegalmente circularam no mercado por meses, e podem prejudicar a introdução de um produto oficialmente aprovado.
O governo chinês já havia se pronunciado contra o uso de vacinas ilegais e falsas e alertado para punições rígidas, mas as novas medidas de repressão, que tiveram início na segunda-feira, aparentam ser muito mais abrangentes.
Autoridades provinciais conduzirão inspeções a laboratórios veterinários, unidades produtoras de medicamentos e criações de porcos em busca de qualquer evidência que possa indicar o desenvolvimento ou uso de uma vacina ilegal, além de investigar laboratórios veterinários com fins comerciais ou de pesquisa.
O governo também deseja uma supervisão minuciosa dos testes clínicos e da produção de pilotos das vacinas, com o objetivo de garantir que não haja transferência ilegal do produto-piloto.
(Reportagem de Dominique Patton)