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Juiz adia transferência de jovem acusado de matar manifestantes em Kenosha

Por Brendan McDermid

KENOSHA, Estados Unidos (Reuters) – Um adolescente acusado de matar duas pessoas que haviam participado de protestos contra os disparos da polícia contra um homem negro em Kenosha, no Wisconsin, continuará sob custódia no Estado vizinho de Illinois, depois que um juiz concordou em adiar sua transferência, nesta sexta-feira.

Kyle Rittenhouse, de 17 anos, foi acusado na quinta-feira no Wisconsin de balear três homens, dois deles fatalmente, durante confrontos com manifestantes nas ruas de Kenosha na noite de terça-feira.

O ex-salva-vidas da Associação Cristã de Moços (YMCA) não apareceu para a audiência por teleconferência no condado de Lake, em Illinois, onde foi preso na quarta-feira e está sendo detido sem direito a fiança à espera de uma extradição para Kenosha, explicou Lee Filas, porta-voz da Procuradoria do condado de Lake.

Um defensor público designado para o caso pediu um adiamento para que Rittenhouse possa contratar um advogado. O juiz assentiu e agendou uma nova audiência para 25 de setembro, disse Filas.

L. Lin Wood, que disse fazer parte da nova equipe legal de Rittenhouse, indicou que esta argumentará que ele agiu em legítima defesa.

Os procedimentos desviaram a atenção momentaneamente do ato de violência original que iniciou a comoção em Kenosha no domingo: um policial branco balear Jacob Blake diante de seus filhos pequenos e deixá-lo paralítico.

O incidente transformou Kenosha, uma cidade predominantemente branca de cerca de 100 mil habitantes às margens do Lago Michigan, no foco mais recente de um verão de protestos de âmbito nacional contra a brutalidade policial e o racismo.

A cidade também foi um dos focos dos milhares de manifestantes que se reuniram em Washington nesta sexta-feira para comemorar a marcha de 1963 na qual o líder de direitos civis norte-americano Martin Luther King Jr. fez seu famoso discurso “Eu tenho um sonho”.

(Reportagem adicional de Rich McKay, Maria Caspani, Daniel Trotta e Barbara Goldberg)

((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

REUTERS PF

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