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Premier League busca afastar-se do Black Lives Matter; hinos geram polêmica na NFL

Por Mitch Phillips

LONDRES (Reuters) – A Premier League inglesa, o produto doméstico de TV mais popular do esporte mundial, começa no sábado com a decisão de substituir o logotipo Black Lives Matter nas camisetas dos jogadores por “No Room for Racism” (Sem Espaço para o Racismo, em tradução livre).

A mudança é um indicativo da posição delicada em que muitas equipes e organizações esportivas se encontram enquanto buscam mostrar apoio às vítimas da injustiça e enviar uma forte mensagem antirracismo, ao mesmo tempo em que temem uma reação daqueles que se opõem ao alinhamento com movimentos que alguns dizem ter objetivos políticos.

Na quinta-feira, nos Estados Unidos, a NFL reiniciou em meio a cenas polêmicas, com alguns torcedores zombando durante um momento de silêncio “dedicado à luta contínua pela igualdade em nosso país” antes do jogo do Kansas City Chiefs contra o Houston Texans.

Enquanto os jogadores texanos ficaram no vestiário para as apresentações de “Lift Every Voice And Sing” e “The Star-Spangled Banner”, os Chiefs, atuais campeões do Super Bowl, permaneceram em campo durante os hinos. Um jogador, Alex Okafor, ajoelhou-se com o punho levantado.

O Miami Dolphins também anunciou que ficaria no vestiário durante os hinos para o jogo no domingo.

Quando a Premier League foi retomada em junho, a visão de todos os 22 jogadores e árbitros ajoelhando-se no círculo central, com seus nomes substituídos por “Black Lives Matter” em suas camisas, enviou uma poderosa mensagem de apoio na esteira de protestos contra a morte de George Floyd sob custódia policial em Mineápolis em maio.

Nos meses que se seguiram, no entanto, uma divisão se desenvolveu, com muitas pessoas se opondo ao que consideram os objetivos políticos do BLM, enquanto ainda afirmam a necessidade de protestar contra o racismo.

O presidente-executivo da Premier League, Richard Masters, disse recentemente a um comitê parlamentar britânico: “Estamos fazendo uma distinção clara entre uma causa moral e um movimento político.”

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