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Vereador Ricardo Nunes, do MDB, deve ser o vice na chapa de Bruno Covas

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O vereador Ricardo Nunes, do MDB, deverá ser o vice na chapa de Bruno Covas (PSDB), que busca reeleição à Prefeitura de São Paulo.

A decisão foi tomada pelo prefeito nesta sexta-feira (11), após almoço com o governador João Doria (PSDB) no Palácio dos Bandeirantes no qual trataram do tema.

Após a desistência de José Luiz Datena, que preferiu continuar como apresentador de televisão por enquanto, o partido indicou Nunes para a posição, e o nome foi bem recebido por Covas.

Alguns membros do PSDB vinham pressionando por um nome do partido, composta pelo secretário-executivo municipal Ricardo Tripoli ou pela senadora Mara Gabrilli, mas prevaleceu a escolha por um membro da coligação.

Outros partidos da coligação, como o DEM, apoiaram a decisão pelo nome de Nunes, sob o argumento de que seria desmoralizante para o o grupo de partidos uma chapa pura, pois poderia deixar a impressão de que não existe ninguém qualificado para a posição em seus quadros.

Além disso, após resultados de pesquisas de intenção de voto favoráveis ao tucano, o núcleo de campanha de Covas passou a olhar com simpatia a possibilidade de escolha de um vice que não fosse tão conhecido publicamente como Datena, Celso Russomanno (Republicanos) ou Marta Suplicy (PT).

Esses nomes trariam consigo também uma parcela de reprovação, o que não seria o caso com um vice menos popular.

Nos últimos anos, Nunes, membro da bancada religiosa com bom trânsito entre católicos, notabilizou-se na Câmara por presidir a CPI da Sonegação Tributária da Câmara, que levou a gestão Covas a multar os bancos Itaú e Santander em cifras bilionárias por suposta fraude fiscal.

Instalada em 2018, a CPI da Sonegação Tributária investigou eventuais fraudes e sonegações fiscais de empresas de factoring, leasing e franchising que atuam na capital paulista, embora estejam sediadas oficialmente em municípios que cobram alíquota menor de ISS (Imposto sobre Serviço).

Em 9 de maio de 2019, o Itaú fechou acordo com a comissão pelo qual se comprometeu a trazer operações de leasing e de cartões e a empresa Rede para São Paulo. Com isso, a cidade passaria a arrecadar cerca de R$ 230 milhões em impostos.

Semanas depois, o banco Santander Brasil aceitou pagar cerca de R$ 195,5 milhões para encerrar as investigações sobre a instituição na CPI. O banco era acusado de ter uma sede de fachada em Barueri de sua empresa Santander Leasing para evitar o pagamento de ISS (Imposto Sobre Serviços) na capital paulista, onde o valor da alíquota é maior.

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