Agro

Açúcar bruto amplia recuperação na ICE; café arábica volta a cair

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE ampliaram sua recuperação nesta quarta-feira, permanecendo acima da marca de 12 centavos de dólar, diante de nova desvalorização do dólar e da alta nos preços do petróleo.

O café arábica recuou pela terceira sessão consecutiva, mantendo a tendência negativa após ter despencado para mínimas de um mês na terça-feira.

AÇÚCAR

* O contrato outubro do açúcar bruto fechou em alta de 0,27 centavo de dólar, ou 2,2%, a 12,35 centavos de dólar por libra-peso, depois de avançar 2,7% na terça-feira. O vencimento chegou a bater 12,43 centavos durante a sessão, maior nível desde 3 de setembro.

* O dólar se desvalorizou nesta quarta, à medida que os mercados apostavam em afrouxamentos monetários pelo banco central dos Estados Unidos. Já os preços do petróleo avançaram pelo segundo dia seguido.

* Os preços mais elevados do petróleo e o enfraquecimento do dólar aumentam o interesse das usinas brasileiras na produção de etanol, em detrimento do açúcar.

* “Nós continuamos neutros no açúcar bruto, com previsão de preço médio de 12,25 centavos por libra-peso no segundo semestre de 2020. Seguimos esperando os preços em 14 centavos por libra-peso em 2021, à medida que os preços do petróleo continuam em recuperação”, disse o Citi em nota.

* O açúcar branco para dezembro avançou 4,70 dólares, ou 1,3%, para 358,00 dólares por tonelada.

* As entregas contra o vencimento outubro, que expirou na terça-feira, foram estimadas por operadores em 346 mil toneladas, um volume relativamente alto, o que indica boa demanda.

CAFÉ

* O contrato dezembro do café arábica fechou em queda de 1,95 centavo de dólar, ou 1,6%, a 1,1985 dólar por libra-peso, tendo desvalorizado quase 10% nas últimas duas sessões, em meio a previsões de chuva no Brasil.

* “O mercado exagerou na reação negativa a essas chuvas, mas em nossa visão uma correção já estava bastante atrasada”, disse o Rabobank em nota.

* “Para onde quer que olhemos, vemos fundamentos fracos”, acrescentou o banco.

* Corretores no Brasil disseram que a queda repentina dos contratos futuros e a valorização do real levaram a uma estagnação do mercado físico, com produtos pouco dispostos a vender a preços baixos.

* O café robusta para novembro avançou 1 dólar, ou 0,1%, para 1.392 dólares a tonelada.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)

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