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Trump e Biden saem em campanha atentos a batalha iminente por indicação à Suprema Corte

Por Trevor Hunnicutt

WILMINGTON, Estados Unidos (Reuters) – Donald Trump e seu rival na disputa pela Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, farão campanha em dois campos de batalha eleitorais nesta segunda-feira enquanto trocam farpas sobre o plano do presidente de preencher uma vaga aberta na Suprema Corte semanas antes de os eleitores escolherem um dos dois.

Trump, republicano que almeja a reeleição no dia 3 de novembro, realizará eventos de campanha no Ohio, Estado que alguns democratas já chegaram a apontar como garantido para o republicano, e o ex-vice-presidente democrata fará sua segunda viagem deste mês ao Wisconsin.

Ambos lidam com uma disputa presidencial impactada pela morte da juíza progressista Ruth Bader Ginsburg na sexta-feira.

A intenção de Trump de indicar um substituto antes da eleição para consolidar uma maioria conservadora de 6 a 3 na corte irritou democratas e desviou o foco da corrida da pandemia de coronavírus, que já matou quase 200 mil norte-americanos e deixou outros milhões desempregados.

No domingo, Biden disse em um discurso que o vencedor da eleição deveria escolher quem ocupará a cadeira de Ginsburg. Ele classificou o plano de indicação de Trump como “um exercício grosseiro de poder político” –senadores republicanos se recusaram a analisar o indicado do presidente democrata Barack Obama em 2016 citando a eleição presidencial daquele ano.

Em uma entrevista concedida à Fox News nesta segunda-feira, Trump disse que indicará a pessoa a substituir Ginsburg até sexta-feira ou sábado.

Biden segue para o Wisconsin pela segunda vez neste mês, um sinal da importância do Estado para a próxima votação. Em sua última visita, ele foi a Kenosha e conversou com Jacob Blake, homem negro que foi baleado pela polícia e protagonizou um episódio que causou revolta generalizada.

Desta vez, Biden visitará o condado de maioria branca de Manitowoc, que apoiou Obama e seu então candidato a vice em 2008. O condado preferiu Trump em 2016, o que ajudou a entregar o Estado a um presidenciável republicano pela primeira vez desde 1984.

A campanha de Biden está priorizando tais eleitores “inconstantes”, e também espera que ele convença uma parcela maior de eleitores brancos do que os conquistados pela correligionária Hillary Clinton em 2016.

Já a campanha de Trump fez da manutenção do Estado na fileira republicana uma de suas maiores preocupações depois da vitória do presidente por menos de 1% dos votos. Trump visitou o Wisconsin na semana passada e anunciou uma nova rodada de assistência de cerca de 13 bilhões de dólares contra a pandemia de coronavírus para os agricultores do Estado.

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