Índia retoma planos de oferecer incentivos para 6 mi t em exportações de açúcar
Por Rajendra Jadhav e Mayank Bhardwaj
MUMBAI/NOVA DÉLHI (Reuters) – A Índia reviveu uma proposta visando que usinas de açúcar exportem 6 milhões de toneladas do adoçante, o que deve envolver incentivo a vendas no exterior na temporada 2020/21 pelo terceiro ano consecutivo, como parte dos esforços para cortar os excessos de estoques e sustentar os preços locais, disseram duas fontes do governo.
Algumas semanas atrás, a Índia estava considerando dar incentivos às exportações de açúcar, mas um atraso no anúncio– que nos dois anos anteriores aconteceu em 1° de outubro– levou as usinas locais e traders globais a acreditarem que o maior consumidor mundial da commodity havia abandonado os planos de subsídios neste ano.
A Índia tem novamente cogitado dar incentivos às usinas para que exportem 6 milhões de toneladas de açúcar em 2020-2021, mas ainda não acertou o valor do subsídio, afirmaram as duas fontes do governo, que falaram sob a condição de anonimato.
O governo, que buscou a opinião da indústria açucareira, quer garantir que os pagamentos aos produtores de cana pelas usinas de açúcar não atrasem, disseram as fontes.
Uma maior produção prejudicou os preços, prejudicando a saúde financeira das usinas e tornando difícil para os empresários do açúcar cumprir pontualmente com pagamentos aos produtores de cana.
“Assim como nos anos anteriores, o subsídio é necessário para exportar açúcar e evitar que o produtor rural sofra”, disse uma das fontes. Os detalhes do subsídio ainda estão sendo analisados.
Embora a Índia ainda não tenha decidido o valor exato do subsídio, é provável que ele seja menor do que no ano passado, já que os preços globais do açúcar aumentaram 13% desde o início da atual safra, em 1º de outubro, disseram fontes do governo e autoridades do setor.
Na temporada 2019/20, um subsídio à exportação de 10.448 rúpias (142 dólares) por tonelada ajudou a Índia a exportar um recorde de 5,7 milhões de toneladas de açúcar.
