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FAA aprova retomada de voos do 737 MAX da Boeing

Por David Shepardson e Eric M. Johnson

WASHINGTON/SEATTLE (Reuters) – Depois de quase dois anos de análises, problemas corporativos e um impasse com reguladores globais, a Boeing obteve nesta quarta-feira aprovação da Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos para retomar os voos de seu jato 737 MAX após dois acidentes fatais.

O chefe da FAA, Steve Dickson, assinou uma ordem suspendendo a proibição de voos na manhã desta quarta-feira e a agência divulgou uma diretriz de aeronavegabilidade detalhando as mudanças necessárias.

Os acidentes do 737 MAX na Indonésia e na Etiópia mataram 346 pessoas em cinco meses em 2018 e 2019 e desencadearam uma tempestade de investigações, desgastaram a liderança dos EUA na aviação global e custaram à Boeing cerca de 20 bilhões de dólares.

A FAA está exigindo um novo treinamento de pilotos e atualizações de software para lidar com um sistema de prevenção do estol (ou perda de sustentação) chamado MCAS, que em ambos os acidentes repetidamente empurrou o nariz do jato para baixo enquanto os pilotos lutavam para recuperar seu controle.

Enquanto isso, a Boeing está buscando novos compradores para muitos de seus 737 MAX, após ver compradores originais cancelarem seus pedidos. A demanda foi ainda mais prejudicada pela pandemia de coronavírus.

Mesmo com todos os obstáculos, a retomada das entregas do 737 MAX abrirá um canal crucial de receita para a Boeing e centenas de fornecedores de peças cujas finanças foram prejudicadas por cortes de produção relacionados à suspensão do jato.

A American Airlines planeja operar o primeiro voo comercial do MAX em 29 de dezembro. A Southwest Airlines, maior operadora de MAX do mundo, não planeja retomar os voos da aeronave até o segundo trimestre de 2021.

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