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Açúcar bruto recua na ICE em meio a liquidação; café tem máxima de 3 meses

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE fecharam em queda nesta segunda-feira, com investidores liquidando posições compradas, atentos à melhoria climática no Brasil e a novos rumores de que a Índia anunciará um subsídio às exportações do adoçante.

Já os futuros do café arábica dispararam para uma máxima de três meses, em meio a indicações de vendas lentas por produtores no Brasil.

AÇÚCAR

* O contrato março do açúcar bruto fechou em queda de 2,1%, a 14,12 centavos de dólar por libra-peso, após registrar na semana passada o terceiro recuo semanal consecutivo.

* Os preços recuaram mesmo diante da alta do petróleo e de poucas vendas antecipadas pelas usinas brasileiras, à medida que especuladores seguem reduzindo uma antes enorme aposta altista no açúcar bruto.

* O Rabobank disse que a melhora do clima no Brasil pressionou as cotações.

* Há também rumores no mercado de que a Índia está se aproximando do anúncio de um subsídio às exportações de açúcar, já muito atrasado.

* Operadores disseram que parece provável que o açúcar bruto recue para 14 centavos de dólar no curto prazo.

* O açúcar branco para março caiu 1,3%, para 390,30 dólares a tonelada.

CAFÉ

* O contrato março do café arábica saltou 3,7%, para 1,2615 dólar por libra-peso, maior nível desde 14 de setembro.

* Corretores disseram que importadores estão enfrentando dificuldades para convencer produtores no Brasil a fechar negócios para entrega no ano que vem.

* A corretora Carvalhaes afirmou que alguns cafeicultores esperam uma safra menor em 2021, e por isso não querem se comprometer a vendas antecipadas que podem acabar não conseguindo honrar.

* O Rabobank estimou a safra de café do ano que vem no Brasil em 57,4 milhões de sacas de 60 kg, queda de 15%.

* O café robusta para março fechou em alta de 1,4%, a 1.376 dólares a tonelada.

* As exportações de café do Vietnã, maior produtor de robusta do mundo, recuaram 8,4% em novembro ante outubro, somando 83.730 toneladas, segundo dados alfandegários.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)

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