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Caixa lança nova modalidade para financiamento imobiliário

Caixa lança nova modalidade para financiamento imobiliário A Caixa Econômica Federal lançou mais uma modalidade de financiamento imobiliário: com a correção da caderneta de poupança. Segundo o banco, a nova linha de financiamento terá nesse momento taxas de juros entre 3,35% ao ano para quem é cliente e 3,99%, mais a variação da poupança. Segundo os especialistas, a taxa é bem competitiva, porém, é preciso ficar atento aos riscos.

Com mais essa opção, a Caixa passa a oferecer quatro modalidades de financiamento, incluindo: a linha tradicional (corrigida pela TR), com taxas que variam entre 6,25% e 8% ao ano; a modalidade atrelada à inflação medida pelo IPCA, com percentual entre 2,95% e 4,95% ao ano; e empréstimo com juros fixos entre 8% e 9,75% ao ano.

A caderneta de poupança tem rendimento variável de acordo com a taxa de juros (Selic). Pela regra, com a Selic até 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é de 70% da taxa básica de juros. Como a Selic agora em 2% ao ano, o rendimento da poupança é de 1,4% ao ano.

Ou seja, a taxa total para o financiamento poderia variar entre 4,75% e 5,39%, sendo bastante competitiva e a mais barata do momento. Mas há riscos.

— Em um financiamento de longo prazo, como o habitacional, é preciso considerar que uma taxa variável pode ser interessante hoje e não ser mais daqui a alguns anos. Enquanto em uma taxa fixa, o mutuário tem a certeza de quanto tem que pagar até o fim do contrato — afirma Andrew Frank Storfer, conselheiro da ANEFAC, Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade.

A expectativa do mercado financeiro é que a taxa Selic suba e termine em 4% ao ano neste ano. Dessa forma, o rendimento da poupança dobraria, passando para 2,8% ao ano, e o custo do financiamento variaria para entre 6,15% ao ano a 6,79% ao ano.

Mas, de qualquer forma, a taxa prevista continuaria sendo mais atrativa do que a do IPCA com as atuais perspectivas de uma inflação de cerca de 3,8% no fim do ano. O que daria um custo final entre 6,75% ao ano a 8,75% na modalidade atrelada ao IPCA.

— Estamos em um momento em que a inflação está párea ao IPCA, mas em geral, em uma economia normal, e o que se espera no longo prazo, é que a taxa de juros seja maior que a inflação, é preciso considerar isso — Gilson Oliveira, professor do IBMEC.

Segundo ele, antes de pegar emprestado é preciso ver se é possível ter alguma correção de renda mais parecida com a correção do financiamento.

— Trabalhadores que costumam ter o salário reajustado pelo IPCA podem ter maior segurança com essa correção. Autônomos, por exemplo, deveriam deixar uma reserva para pagar e, neste caso, a poupança pode ser uma opção mais simples de acompanhar a alta. Quem tem um cenário muito imprevisível deveria optar pela taxa fixa — analisa Gilson.

— Ter outras opções no mercado é sempre vantajoso. E mesmo quem já está em um financiamento pode mudar para esse se achar mais interessante, mas é preciso analisar com cuidado e sempre se preparar financeiramente para imprevistos — afirma Andrew Frank Storfer, conselheiro da ANEFAC. Fonte Extra

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