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Açúcar bruto fecha em queda na ICE, mas oferta apertada limita perdas

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os preços do açúcar bruto na ICE recuaram nesta sexta-feira, em meio a um sentimento de aversão ao risco nos mercados financeiros e à valorização do dólar, embora as ofertas apertadas no curto prazo tenham limitado as perdas.

O café arábica, por sua vez, terminou o dia em alta.

AÇÚCAR

* O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de 1,5%, a 16,13 centavos de dólar por libra-peso, depois de subir 2,4% na quinta-feira.

* Operadores disseram que o açúcar está se consolidando e deve permanecer em um intervalo limitado de 16 centavos a 16,50 centavos no curto prazo, sustentado por uma safra ruim na Tailândia, pelas lentas exportações indianas e por incertezas em relação à próxima safra do Brasil.

* O espaço para altas do açúcar, no entanto, está limitado por apostas generalizadas de que o mercado eventualmente entrará em um excedente neste ano.

* Especuladores reduziram a posição comprada no adoçante pela segunda semana consecutiva.

* O açúcar branco para maio recuou 0,8%, a 459,50 dólares a tonelada. Na véspera, o vencimento apurou ganho de 2,2%.

CAFÉ

* O contrato maio do café arábica fechou em alta de 0,5%, a 1,3300 dólar por libra-peso, após ganho de 1,1% na quinta-feira.

* O real tem se recuperado no Brasil após recente queda para mínimas de dez meses frente ao dólar. Segundo operadores, o movimento cambial colocou cafeicultores na defensiva mais uma vez em relação a novas vendas.

* O real mais forte reduz o valor do café –precificado em dólar– nos termos de moeda local, podendo limitar as vendas por produtores no Brasil, maior produtor global da commodity.

* A desvalorização do real havia feito os preços do café a engatarem um movimento de queda desde o final de fevereiro, quando atingiram uma máxima de um ano por preocupações com a próxima safra brasileira.

* Especuladores reduziram a posição comprada líquida no arábica na semana até 9 de março.

* O café robusta para maio recuou 16 dólares, a 1.410 dólares a tonelada.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447745))

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